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| - “A vacina está ainda em estado experimental, desenvolvida em meses, quando na verdade são necessários anos para isso. Ela não foi aprovada por nenhum país da União Europeia, nem pelos Estados Unidos. (…) Mostrou-se que existe o risco de desenvolvimento de doenças autoimunes, doenças neurológicas, alterações na coagulação. Os estudos da estrogenicidade não estão concluídos, pelo que todas as mulheres na idade fértil que se deixam vacinar não devem engravidar durante o processo de vacinação até 28 dias após a última dose administrada. As mulheres grávidas lactantes são excluídas. Na spike protein do vírus encontra-se uma substância responsável pelo desenvolvimento da placenta e sendo atacada pelos anticorpos ativados pela vacina pode haver infertilidade feminina”, assegura uma médica da plataforma “Médicos Pela Verdade – Portugal”, num vídeo que já acumula milhares de interações nas redes sociais.
Verdade ou mentira?
Não há qualquer evidência científica que sustente que as vacinas para o novo coronavírus possam provocar problemas na gravidez, uma vez que os testes para as vacinas não incluíram mulheres grávidas nem em lactação – um procedimento considerado padrão em qualquer ensaio clínico.
“Em qualquer estudo clínico que não prevê a participação de gestantes, existe a recomendação para o uso de métodos contraceptivos eficazes. Essa é também uma exigência das comissões de ética”, explicou fonte oficial da Pfizer, em resposta à Estadão Verifica, plataforma brasileira de fact-checking.
Contudo, já estão a ser desenvolvidos estudos em ratos de laboratório. De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, não foi demonstrado qualquer problema de segurança nos ratos que receberam a vacina da Moderna antes ou durante a gravidez. Os estudos da Pfizer/BioNTech estão ainda em curso.
Miguel Castanho, investigador do Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, garante ao Polígrafo que “não há relação de vacinas de RNA com esterilidade, da mesma forma que esta não é uma consequência observada para a Covid-19″.
A informação disponível também não permite concluir que o novo coronavírus cause doenças autoimunes. O CDC dos EUA informa que as pessoas com HIV e com um sistema imunitário enfraquecido estão elegíveis para a administração da vacina, ainda que não existam dados suficientes para confirmar a segurança neste grupo de pessoas.
Quanto a doenças neurológicas, tal como o Polígrafo já verificou anteriormente, não há qualquer relação comprovada entre o desenvolvimento da paralisia de Bell e a toma da vacina contra a Covid-19. A Food and Drug Administration (FDA) dos EUA não considera que os casos relatados nos ensaios clínicos estejam acima da taxa esperada na população em geral.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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