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| - O Sporting-Benfica de hoje reavivou a memória da última – e única – vez em que o Benfica conseguiu sagrar-se campeão no Estádio de Alvalade (em 1975, com um empate, 1-1).
Em épocas mais recentes que essa, foi o FC Porto que festejou o campeonato na casa do Sporting. Assim sucedeu 20 anos depois (1995), quando a equipa treinada por Bobby Robson (despedido do Sporting fazia naquele preciso dia 17 meses) venceu os leões por 1-0, com um golo de Domingos, e ficou com uma vantagem (seis pontos) que se tornou imperdível à 31ª jornada (a vitória valia apenas dois pontos). Era o primeiro de uma série consecutiva de cinco campeonatos.
E o último dos títulos do penta (98/99) seria carimbado, curiosamente, também em Alvalade, pelo menos nessa jornada e nesse relvado. Mas antes do jogo. O FC Porto partia para a 33ª e penúltima jornada com uma vantagem de cinco pontos sobre o segundo lugar, Boavista, e as previsões apontavam para que tivesse de ganhar para se tornar virtual campeão (por terem desvantagem no confronto direto com os rivais da mesma cidade, critério de desempate). Mas o Boavista, que jogava em Faro imediatamente antes, já no final do jogo (89 e 90 minutos) deixou escapar a vantagem de dois golos que construíra durante a partida. Desta forma, os dragões entraram em campo já consagrados campeões. O jogo, esse, acabaria empatado (1-1).
Mas o Sporting viu sempre os outros ”grandes” sagrarem-se campeões em Alvalade quando o resultado daquele jogo permitia alcançar esse objetivo?
Não. Os leões já conseguiram, em duas ocasiões, impedir que a festa do título fosse feita pelo rival na sua casa, embora tal desempenho somente tenha adiado uma classificação que acabaria por lhe ser desfavorável.
Em 1985, à 26ª jornada, o FC Porto treinado por Artur Jorge podia tornar-se virtual campeão em Alvalade, caso vencesse o jogo (ficaria com oito pontos de avanço, com quatro jornadas por disputar). Com o empate (0-0), o Sporting, orientado por John Toshack, conseguiria evitar ser o ”notário” dessa supremacia portista, que acabaria ratificada logo na semana seguinte, frente ao Rio Ave.
Recuando mais 29 anos (1956), outra vez diante do FC Porto, encontra-se nova época em que o Sporting não deixou que o seu estádio fosse o salão de festas do adversário. Na penúltima das 26 jornadas da prova, os portistas visitavam Alvalade com dois pontos de avanço do Benfica (e vantagem no confronto direto), ou seja, uma vitória selaria o título. Mas o Sporting (que acabou a época em 4º lugar, a sete pontos do campeão) venceria o jogo por 1-0, com um golo de Valter de Castro logo aos 16 minutos. O FC Porto festejaria o primeiro lugar apenas na última jornada.
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Avaliação do Polígrafo:
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