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  • O artigo em questão intitula-se “Agência noticiosa alemã identifica 75 atletas proeminentes que morreram subitamente de ataques cardíacos após vacinação contra a Covid” e foi publicado no site “Mic Drop Politics”. No lead, afirma-se que o órgão de comunicação responsável por esta descoberta ficou “aparentemente atordoado” e a vacina é caracterizada como “mortal”. Este texto contou com 2500 partilhas, das quais 2200 foram feitas no Facebook. “500% de aumento de mortes de jogadores da FIFA em 2021. Não são 24 atletas, nem 30, nem 75 – desde dezembro – 183 atletas profissionais e treinadores repentinamente colapsaram. 108 deles morreram”, escreve-se noutra publicação, partilhada a 28 de novembro no Facebook. Estas publicações divulgam informação correta? De acordo com a plataforma de fact-checking Politifact, a notícia original da agência noticiosa alemã não informou que todos os atletas referidos tinham morrido, nem disse que todos tinham tido ataques cardíacos. Além disso, a peça incluiu uma declaração de isenção de responsabilidade que referia que nem todos os atletas ficaram doentes por causa da vacinação. Alguns dos atletas referidos estão vivos, outros nem sequer foram vacinados contra a Covid-19 e, dos que morreram, alguns tinham problemas cardíacos ou um historial familiar de morte por ataque cardíaco. As vacinas contra a Covid-19 têm sido associadas à miocardite, ou seja, à inflamação do tecido muscular do coração (miocárdio), em que os rapazes adolescentes e homens jovens têm maior probabilidade de serem afetados. No entanto, de acordo com os especialistas, o risco é muito baixo e a maioria dos casos são ligeiros, com uma recuperação rápida. Os médicos dizem ainda que os benefícios da vacinação superam o risco de miocardite. A primeira pessoa mencionada no texto original, o jogador de futebol italiano Giuseppe Perrino, morreu de ataque cardíaco no dia 2 de junho num jogo de futebol em honra do seu irmão, que tinha morrido da mesma forma enquanto andava de bicicleta em 2018. As notícias sobre a sua morte não mencionam a vacinação contra a Covid-19. O jogador de futebol dinamarquês Christian Eriksen, mencionado em segundo lugar, está vivo. Eriksen desmaiou a 12 de junho durante um jogo de futebol após uma paragem cardíaca. Rapidamente circularam informações falsas de que Eriksen tinha recebido a vacina contra a Covid-19 algumas semanas antes do seu colapso, mas o diretor da sua equipa profissional desmentiu o rumor. Como já tinha sido verificado pelo Poltitifact, Eriksen nem tinha sido vacinado contra a COVID-19. Mais abaixo na lista está o antigo jogador de futebol francês Franck Berrier, que morreu de ataque cardíaco em agosto enquanto jogava ténis — dois anos depois de ter deixado de jogar futebol por causa de problemas cardíacos. Mais uma vez, não qualquer ligação à vacinação Covid-19. Além disso, o título da publicação que está a ser verificada identifica os atletas como “proeminentes”, mas a lista inclui um jogador de andebol belga e um estudante de 17 anos. Na notícia original são ainda incluídos os atletas que sobreviveram, mas o artigo do “Mic Drop Politics”, que se diz basear na notícia alemã, não faz essa distinção. Quanto ao post que alega basear-se em dados da FIFA, é referido que os casos de doenças cardíacas aumentou 500% em 2021 em relação a anos anteriores. As múltiplas publicações encontradas pelo Polígrafo têm a mesma fonte, ou seja um tweet que já foi partilhado milhares de vezes e que remete para um artigo escrito pela mesma pessoa. A autora, que se apresenta como uma jornalista especializada na área da Saúde, reuniu uma lista de 108 publicações, em idiomas diferentes, sobre mortes de atletas. A plataforma de fact-checking da Agence France Presse (AFP) analisou, de forma aleatória, várias das publicações listadas e verificou que muitas tinham origem em blogues, meios de comunicação desconhecidos ou tweets não identificados. Além disso, mais de 30 dessas publicações não referia se o atleta tinha sido ou não vacinado. A autora compara depois o número de atletas mortos com anos anteriores para poder definir uma tendência, mas admite que a fonte para esses dados foi a Wikipedia. Para obter esclarecimentos sobre esta matéria, a AFP contactou a comissão responsável pelo “registo de mortes súbitas de origem cardíaca” da Federação Internacional de Futebol (FIFA). Trata-se de um grupo de trabalho da Universidade de Sarrebruck, na Alemanha, dirigida por Florian Egger, que registou “617 casos de mortes súbitas” entre 2014 e 2018 ( e não 4.200 como refere o artigo em análise). O médico sublinha ainda que “não há mais mortes entre os futebolistas do que havia antes da pandemia” e que, apesar do ano de 2021 ainda estar sob análise, a comissão “não vê qualquer dinâmica particular” em comparação a anos anteriores. Também em declarações à AFP, Tim Meyer, presidente da comissão médica da Federação de Futebol da Alemanha e médico da seleção nacional alemã, afirmou que “a afirmação segundo a qual o número de mortes no desporto ou no futebol em particular aumentou desde a introdução da vacina contra a Covid-19 não tem qualquer fundamento“. __________________________________________ Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social. Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é: Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos. Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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