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  • Na sequência dos resultados da primeira volta das eleições presidenciais no Brasil, a 2 de outubro, uma ideia ganhou algum apoio nas redes sociais: a de que teria havido fraude eleitoral e que a prova estava nos resultados da pequena cidade de Barreiras, no estado da Bahia. Várias publicações asseguram que o candidato do PT obteve 213 mil votos ali, apesar de a cidade contar apenas com 156 mil residentes. “Calar não! Jamais! Fraude”, diz mesmo uma das publicações. “Como Lula teve 213 mil votos em Barreiras, na Bahia, se essa cidade tem 156 mil habitantes?”, pergunta outra. O Observador foi tentar perceber se estes dados estão corretos. A primeira coisa a fazer é confirmar o número de residentes de Barreiras. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o último levantamento dá conta de que o censo de 2010 registou 137.427 habitantes em Barreiras, mas a população estimada neste momento é de 158.432 pessoas. Altura então de confirmar o número de votos que Lula da Silva obteve na primeira volta da eleição. Ora, os resultados disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), responsável pela contabilização de votos, mostram que Lula reuniu 47.952 votos. Já o segundo candidato mais votado, Jair Bolsonaro, obteve 30.197 votos e não 78.519, como indicam as mesmas publicações. Conclusão Não é verdade que Lula da Silva obteve mais de 200 mil votos na cidade de Barreiras (Bahia), onde o número de residentes não vai além dos 159 mil. Os dados do TSE mostram que Lula reuniu 47.952 votos, muito aquém do número divulgado em várias publicações nas redes sociais. Assim, segundo a classificação do Observador, este conteúdo é: ERRADO No sistema de classificação do Facebook este conteúdo é: FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos. NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.
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