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  • “Este pateta só sabe falar das alterações climáticas como causa dos problemas de Lisboa. Esquece as décadas de incompetência, falta de drenagem e limpeza, construção anárquica em cima das centenas de linhas de água que correm das sete colinas de Lisboa. Já cheira mal esta treta das alterações climáticas por tudo e por nada”, descreve-se numa publicação de 13 de dezembro, no Facebook. O post surgiu poucos dias depois do primeiro episódio de cheias na cidade de Lisboa (7 e 8 de dezembro) e no mesmo dia em que voltou a ser assolada por inundações. Porém, a imagem é absolutamente falsa. Na realidade, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, não posou para a capa da revista “Time”. Quem o fez foi António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), há mais de três anos (junho de 2019). “O nosso planeta está a afundar-se” é o título original da capa. O falso: “A nossa cidade está a afundar-se.” Na versão fidedigna, Guterres surge de fato e gravata, enquanto secretário-geral da ONU, com água pelos joelhos. Na versão adulterada, é a cara de Moedas que completa o tronco de Guterres. Ficam pequenas anotações que se mantiveram nas duas capas, como são as frases que surgem antes do título: “Oceanos a subir, residentes em fuga, aldeias a desaparecer.” Para aquela capa, António Guterres foi até à costa de Tuvalu, na Polinésia, para ser fotografado. Sobre as alterações climáticas, afirmou à revista que estas “são uma área onde as Nações Unidas têm obrigação de assumir liderança global”, apelando a que “todos se juntem” já que “é absolutamente essencial para o planeta reverter a situação atual”. Sobre as cheias em Lisboa, o Polígrafo contactou, no âmbito de outro artigo, o investigador e dirigente da divisão de Clima e Alterações Climáticas do IPMA, Ricardo Deus, que explicou o que está em causa. De acordo com o especialista, “podemos olhar para esta situação de meteorologia da seguinte maneira: é facto que na cidade de Lisboa acontecem situações de precipitação intensa e muito forte em períodos muito curtos de tempo, este tipo de meteorologia é usual acontecer no nosso território. Isso é a variabilidade normal do clima. Acontece é que como estamos num clima diferente, podemos assumir que necessariamente mais quente e mais energético, estes fenómenos tendem a ser potencializados“. “Se olharmos para a história destes eventos em Lisboa, percebemos que os eventos mais recentes têm sido caracterizados por quantidade de água precipitada muito elevada. Os valores mais elevados que tinham sido registados foram em Lisboa, com valores bastante elevados, em fevereiro de 2008, portanto não foi assim há muito tempo”, indica. É um facto que estes períodos de chuva intensa são normais para a época do ano e que as cheias vão manter-se na capital portuguesa enquanto não houver soluções eficazes implementadas – como o Plano de Drenagem de que se fala (e se promete) há vários anos – mas então o que é diferente nestas últimas ocorrências? Ricardo Deus explica, em resposta ao Polígrafo, que “fenómenos desta magnitude têm vindo a acontecer mais frequentemente nas últimas duas décadas. Isto é que nos leva a crer que há uma ligação destes fenómenos com este novo clima”. “A variabilidade do clima em Portugal tem estas características, acontece é que estamos num clima diferente e, portanto, estes fenómenos potencialmente serão muito mais intensos, muito mais fortes e muito mais rápidos, que foi exatamente o que aconteceu no fenómeno de hoje. Este fenómeno mantém a mesma caracterização meteorológica, mas tem umas características diferentes em termos da sua intensidade e magnitude“, acrescenta. Estaremos assim numa espécie de clima tropical? “Não queria usar essa palavra porque não é um clima tropical, mas, pontualmente, tem alguns fenómenos que se assemelham e esta questão da precipitação intensa e em pouco tempo são características de um clima tropical“, assume o investigador. “Não é um clima tropical, mas nesta terminologia começa a ter algumas semelhanças“. ______________________________ Avaliação do Polígrafo:
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