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| - O texto é longo e contém várias alegações sobre o desenvolvimento dos processos de privatização e renacionalização ou recompra da TAP entre 2015 e 2017. Excluindo diversas considerações mais subjetivas, no global apresenta uma versão factualmente correta dos acontecimentos que, aliás, foram descritos em artigo recente do Polígrafo.
A principal alegação surge logo no primeiro parágrafo. “Quem assumiu o compromisso de privatizar a TAP foi Sócrates, em 2011, com a troika“, garante o autor da publicação, denunciada por vários utilizadores do Facebook como sendo falsa ou enganadora. Confirma-se?
Consultando o “Memorando de entendimento sobre as condicionalidades de Política Económica“, firmado entre o Estado português e a denominada troika (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional), em maio de 2011, verifica-se que a TAP estava incluída no programa de privatizações.
“O Governo acelerará o programa de privatizações. O plano existente para o período que decorre até 2013 abrange transportes (Aeroportos de Portugal, TAP, e a CP Carga), energia (GALP, EDP, e REN), comunicações (Correios de Portugal), e seguros (Caixa Seguros), bem como uma série de empresas de menor dimensão. O plano tem como objectivo uma antecipação de receitas de cerca de 5,5 mil milhões de euros até ao final do programa, apenas com alienação parcial prevista para todas as empresas de maior dimensão. O Governo compromete‐se a ir ainda mais longe, prosseguindo uma alienação acelerada da totalidade das acções na EDP e na REN, e tem a expectativa que as condições do mercado venham a permitir a venda destas duas empresas, bem como da TAP, até ao final de 2011. O Governo identificará, na altura da segunda avaliação trimestral, duas grandes empresas adicionais para serem privatizadas até ao final de 2012. Será elaborado um plano actualizado de privatizações até Março de 2012″, lê-se no documento.
Concluindo, a principal alegação do texto é verdadeira. De facto, “quem assumiu o compromisso de privatizar a TAP foi [José] Sócrates, em 2011, com a troika“.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente Verdadeiro” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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