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  • Não é cantada por Mariah Carey, mas “Jingle Bells” ou “One Horse Open Sleigh” de James Lord Pierpont é outra música sinónima de Natal. Nas redes sociais, estão a ser levantadas dúvidas sobre o verdadeiro significado da canção natalícia. A versão original da música de James Lord Pierpont é de 1867 e alguns utilizadores do Facebook argumentam que a letra reflete uma tradição colonial norte-americana. “Quando um escravo fugitivo era apanhado, colocavam sinos à volta do pescoço como a celebração de uma vitória. Depois cantavam a música enquanto traziam o escravo de volta para a cidade num trenó aberto puxado a cavalo”, uma referência ao nome original da música em inglês “One Horse Open Sleigh” (em português significa trenó aberto puxado a cavalo). Há várias teorias a circular em torno da canção de James Lord Pierpont: que a canção nunca foi escrita para ser uma canção de Natal ou que foi a primeira música a ser transmitida a partir do espaço, dias antes do natal de 1965, como explica a CNN Internacional. Um dos debates mais acesos em torno de “Jingle Bells” discute o local de nascimento da música. Há, na verdade, duas placas em duas cidades históricas a chamar para si esse crédito. Uma é a cidade de Medford, no estado do Massachusetts, e outra fica em Savannah, no estado da Geórgia. Depois de estudar o verdadeiro local de nascimento da canção de James Lord Pierpont, a professora Kyna Hamill publicou um estudo da Universidade de Boston e nesse projeto acabou por tropeçar na “história racial da canção” que, como escreve, “permaneceu escondida por trás da afeição local e sazonal” pela canção natalícia. Kyna Hamill argumenta que “Jingle Bells” tem, como muitas canções populares do século XIX, uma origem “racista” uma vez que a canção foi cantada pela primeira vez num espetáculo de “black face“, em setembro de 1857. A investigadora argumenta que “Jingle Bells”, como outras canções populares, tem uma origem racista que foi de forma “subtil e sistemática removida da sua história”. Como a expressão indica, “black face” era uma prática em que artistas pintavam a cara de negro. Acredita-se que tenha começado, como moda, em Nova Iorque, em 1830. Mas além de pintar a cara, os espetáculos humorísticos ridicularizavam os sotaques e os gestos de pessoas negras para entretenimento de espetadores maioritariamente brancos, como explica a BBC. No estudo de Kyna Hamill pode ler-se que a canção “Jingle Bells” tem origens que remontam a “necessidades económicas de um homem perpetuamente mal-sucedido, da política racial de Boston anterior à guerra, do clima da cidade e do repertório teatral de artistas comerciais de black face que se mudavam entre Boston e Nova Iorque”. Importa recordar que a canção foi inicialmente tocada num espetáculo em 1857, quatro anos antes do início da guerra civil americana e nove anos antes de a escravidão ser oficialmente proibida pelo Congresso norte-americano. Como Kyna Hamill explica no seu estudo, publicado pela Universidade de Boston, a origem “racista” de “Jingle Bells” segue a moda de outras canções que eram representadas em espetáculos com o estilo “black face“. Conclusão Não é verdade que a canção “Jingle Bells” ou “One Horse Open Sleigh” de James Lord Pierpont fosse a “celebração de uma vitória” quando um escravo era capturado. Muito menos, que a canção fosse cantada enquanto o escravo que tinha sido capturado era trazido “num trenó aberto puxado a cavalo”. Mas há um estudo de 2016, publicado na Universidade de Boston, que alega que a canção tem de facto uma origem “racista”, uma vez que começou a ser tocada em espetáculos de “black face“. Ainda assim, a investigadora Kyna Hamill explica que esse tipo de espetáculos era comum, nos Estados Unidos do século XIX, principalmente antes da guerra civil e do fim da escravatura. ENGANADOR No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é: PARCIALMENTE FALSO: as alegações dos conteúdos são uma mistura de factos precisos e imprecisos ou a principal alegação é enganadora ou está incompleta. NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.
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