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| - “Já viram como vai a inflação na China? Abaixo de 1%, enquanto a Europa já vai nos 7,5% numa rota ascendente e explosiva. Os burocratas e as baratas tontas dos políticos que dirigem a União Europeia são responsáveis por esta enorme desvantagem competitiva”. Estas palavras de um post no Facebook, divulgado no dia 2 de abril, são sustentadas por um gráfico da página “Trading Economics“, mas apenas as que visam a China e respetiva taxa de inflação.
De acordo com a referida base de dados, a taxa de inflação na China cifrou-se nos 0,9% em fevereiro de 2022, mantendo-se “inalterada em relação ao mês anterior e em linha com as previsões do mercado”. Ainda assim, este foi o nível mais baixo atingido desde setembro de 2021, já que “o custo dos alimentos sofreu a queda mais significativa dos últimos cinco meses (-3,9% em fevereiro vs. -3,8% em janeiro)”.
No que respeita à inflação não-alimentar, esta alterou-se de forma pouco significativa (2,1% vs. 2,0%), com os custos a subirem em bens como os transportes e as comunicações (5,5% vs. 5,2%), a habitação (1,4% vs. 1,4%), o vestuário (0,6% vs. 0,5% ), bens e serviços domésticos (2,5% vs. 1,6%), a educação e cultura (2,5% vs. 2,9%) e a saúde (0,6% vs. 0,6%).
“Mensalmente, os preços no consumidor subiram 0,6%, valor mais alto registado nos últimos quatro meses. (…) Na China, os componentes mais importantes do cabaz do Índice de Preços no Consumidor (IPC) são a alimentação (31,8%) e a residência (17,2%)”.
Artigos destinado à educação e à cultura ocuparam 13,8% do cabaz do IPC, transportes e comunicações responderam por 10%, saúde e bens pessoais por 9,6%, vestuário por 8,5% e instalações, artigos e serviços domésticos por 5,6%. Tabaco e bebidas alcoólicas corresponderam a uma fatia de 3,5%, mostram os dados do “Trading Economics”.
Na Zona Euro (e não na Europa), ainda assim, as últimas previsões do Eurostat revelam que a taxa de inflação deverá ser de 7,5% em março de 2022, acima dos 5,9% em fevereiro. “Olhando para as principais componentes da inflação na área do euro, espera-se que a energia tenha a taxa homóloga mais elevada em março (44,7%, ante 32,0% em fevereiro), seguido por alimentação, álcool e tabaco (5,0%, ante 4,2% em fevereiro), bens industriais não energéticos (3,4%, face a 3,1% em fevereiro) e serviços (2,7%, face a 2,5% em fevereiro)”.
Ainda assim, e estabelecendo uma comparação entre o último mês com dados disponíveis (fevereiro de 2022) para as duas zonas (China e Zona Euro), a verdade é que, ao passo que na China esta se cifrava nos 0,9%, na Zona Euro o valor rondava os 5,9%. Só um mês depois, em março deste ano, é que esta taxa subiu para os 7,5%. Por esse motivo, classificamos esta publicação como imprecisa.
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Avaliação do Polígrafo:
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