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| - Ontem morreu o piloto português Paulo Gonçalves durante a 7ª etapa do Dakar 2020. O piloto português faleceu na sequência de uma queda aos 276 quilómetros da especial do rali.
A organização recebeu um alerta às 10h08 (hora local) e enviou um helicóptero médico, que chegou ao local oito minutos depois. Quando a equipa médica chegou ao local, às 10.16, oito minutos depois de ter sido dado o alerta, Paulo Gonçalves já estaria inconsciente e em paragem cardiorespiratória. Foi transportado de helicóptero para o Layla Hospital, onde a morte foi confirmada. “O helicóptero com a equipa médica chegou perto do motociclista às 10.16 e encontrou-o inconsciente depois de ter sofrido uma paragem cardíaca. Após esforços para o ressuscitar no local, foi levado para o Layla Hospital, onde infelizmente foi declarado o óbito”, escreveu a equipa do Dakar na sua página na internet.
As mensagens de consternação pela fatalidade que atingiu o piloto invadiram as redes sociais de imediato – e, como quase sempre sucede nestas circunstâncias, foram cometidas algumas precipitações. Vários leitores alertaram o Polígrafo para um vídeo que estaria a ser disseminado de forma viral, e que alegadamente retrataria o momento do acidente de Paulo Gonçalves (pode vê-lo aqui). Nele, o piloto português sofre uma queda e fica inanimado no solo.
Uma pesquisa na internet é suficiente para concluir duas coisas:
Efetivamente as imagens correspondem a um acidente que Paulo Gonçalves sofreu no mais conhecido rali do mundo;
Na realidade, esta é uma versão manipulada do vídeo original, que data de 2016 – e não de 2020 – e em que o piloto, logo após o aparatoso acidente, se levanta, monta-se na mota e prossegue em prova. Este último segmento foi cortado nas imagens agora divulgadas, produzindo desinformação.
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Conhecido pelo seu fair play, foram várias as vezes em que Paulo Gonçalves, natural de Esposende, parou a sua moto para dar auxílio a outros pilotos que sofreram quedas. Um dos maiores exemplos foi na edição de 2016 do Dakar, quando assistiu Matthias Walkner. O austríaco era um dos favoritos à vitória, mas nem isso impediu o português de auxiliar o piloto da KTM. Paulo Gonçalves liderava a prova, nesse dia 9 de janeiro, mas mesmo assim optou por parar 10 minutos e 53 segundos. Não venceu o rali – o seu maior sonho – mas acabou distinguido com o “Prémio Ética no Desporto”.
Avaliação do Polígrafo:
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