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| - “Teste da Covid-19… Estão recolhendo o seu DNA… Acorde!” Esta é a principal mensagem de alerta da publicação em causa que está a propagar-se nas redes sociais.
“Não sei porquê enfiam uma vareta até à sua goela para testar Covid-19 se apenas uma gota de saliva pode infetar um bairro inteiro”, salienta-se no final.
Questionado pelo Polígrafo, João Júlio Cerqueira, médico especialista de Medicina Geral e Familiar e criador da página Scimed, explica que “os testes realizados pela colheita nasofaríngea e realizada na garganta são os aprovados, porque nessas zonas é onde existe maior concentração de vírus, aumentando a fiabilidade do exame”.
No entanto, admite que “à medida que o conhecimento aumenta e a qualidade dos testes melhoram, é possível que o teste de diagnóstico preferencial seja recorrer apenas à saliva“, sublinhando que “a presença do vírus na saliva está mais do que confirmada”.
“Não há nada de estranho em terem começado com a colheita de amostras nasofaríngeas e na garganta. Faz parte da evolução tecnológica começar com um teste mais rude que precisa de mais material genético do vírus para fazer diagnóstico e, posteriormente, a tecnologia ir aprimorando as técnicas de diagnóstico. Torna-se progressivamente mais prático, menos invasivo e com melhor qualidade de diagnóstico”, afirma.
De resto, Cerqueira refuta a alegação de que este método terá como objetivo a recolha de ADN (Ácido Desoxirribonucleico). “Se fosse para recolha de ADN, então a saliva bastava, já que é um método frequente para a realização de testes de ADN”, assegura.
Em suma, a publicação sob análise está a difundir falsidades.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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