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  • O artigo em causa – intitulado como “A Segurança das Vacinações Covid-19 – Devemos Repensar a Política” (tradução livre) – tem sido amplamente difundido nas redes sociais desde que foi publicado na plataforma suíça MDPI, a 24 de junho de 2021. Realizado por Harald Walach, Rainer Klement e Wouter Aukema, nenhum dos quais especializado em virologia, epidemiologia ou vacinologia, consiste num exercício de comparação de “riscos e benefícios” das vacinas contra a Covid-19. “Nós calculámos o número necessário de vacinados, a partir de um estudo de grande escala em Israel, para prevenir uma morte. Nós acedemos à base de dados de reações adversas medicamentosas da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e do Registo Nacional dos Países Baixos para extrair o número de casos reportados de efeitos secundários severos e o número de casos com efeitos secundários fatais”, indicam os autores do artigo, na exposição do respetivo método. Quanto ao resultado, “o número necessário de vacinados situa-se entre 200 e 700 para prevenir um caso de Covid-19 relativamente à vacina de mRNA comercializada pela Pfizer, enquanto o número necessário de vacinados para prevenir uma morte situa-se entre 9.000 e 50.000 (intervalo de confiança de 95%), com 16.000 como estimativa de ponto. O número de casos de reações adversas foi reportado como sendo de 700 por 100.000 vacinações. Atualmente vemos 16 efeitos secundários graves por 100.000 vacinações e o número de efeitos secundários fatais está em 4,11 por 100.000 vacinações”. “Por três mortes prevenidas pela vacinação temos de aceitar duas infligidas pela vacinação“, sublinham os autores, concluindo que “esta falta de benefício claro deveria levar os Governos a repensarem a sua política de vacinação”. Apenas quatro dias após a publicação do artigo, porém, o conselho editorial da revista “Vaccines” (integrada na MDPI) emitiu uma nota de alerta aos leitores, expressando preocupação quanto à fiabilidade da interpretação dos dados e subsequentes conclusões de Walach, Klement e Aukema. “A principal preocupação advém da deturpação dos esforços de vacinação contra a Covid-19 e da deturpação dos dados. (…) Afirmar que tais mortes estão ligadas à vacinação é incorreto e distorcido“, informou-se na nota, anunciando a realização de uma investigação. Mais recentemente, a 2 de julho, o conselho editorial da revista decidiu mesmo retractar a publicação do artigo, depois de ter sido “avaliado pelo editor-chefe com o apoio de vários membros do conselho editorial. Descobriram que o artigo continha vários erros que afetam fundamentalmente a interpretação dos resultados”. Entre outros exemplos, os dados referentes aos Países Baixos foram apresentados no artigo como sendo de casos de reações adversas severas e fatais provocadas pelas vacinas contra a Covid-19, embora essa relação de causa/efeito não esteja comprovada. “Nos Países Baixos, os profissionais de saúde e pacientes são incentivados a reportar suspeitas de ocorrências adversas que podem estar associadas à vacinação. Para este tipo de notificação não é necessária uma relação causal entre a ocorrência e a vacina, pelo que uma ocorrência reportada após a vacinação não é necessariamente atribuível à vacinação“, esclarece-se na nota de retractação do artigo. “Há várias outras imprecisões no artigo, (…) nomeadamente que os casos fatais terão sido certificados por médicos especialistas. Importa saber-se que mesmo esta alegação falsa não implica causalidade, algo que os autores sugerem. Mais, os autores referem-se às ocorrências como ‘efeitos’ e ‘reações’, quando isso não está estabelecido, e até essa causalidade estar estabelecidade são ‘ocorrências’ que podem ou não ser causados por exposição a uma vacina. Não interessa que estatísticas alguém possa aplicar, isto é incorreto e enganador“, adverte-se. De resto, os autores não conseguiram responder “satisfatoriamente” a estas questões, culminando na retractação do artigo. Importa esclarecer que os sistemas de registo de suspeitas de reações adversas a vacinas (ou medicamentos), tanto na União Europeia (UE) como nos Estados Unidos da América (EUA), apresentam dados de notificações cujas autenticidade ou relação causal não estão comprovadas. Num documento da EMA sobre a interpretação de notificações espontâneas de casos de suspeitas de reações adversas a medicamentos, por exemplo, adverte-se que “o facto de uma suspeita de reação adversa ter sido reportada não significa necessariamente que o medicamento causou o efeito observado, na medida em que também pode ter sido causado pelo tratamento da doença, por uma nova doença contraída pelo paciente, ou por outro medicamento que o paciente esteja a tomar”. __________________________________________ Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social. Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é: Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos. Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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