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  • “Parabéns! Você vive no 2.º país europeu com pior resposta do Serviço Nacional de Saúde a todas as doenças. Pior que você só os letónios.” Assim começa uma publicação de Facebook que tem feito o seu caminho entre os internautas, através de centenas de visualizações. A alegação não podia ser mais direta. Só o SNS da Letónia tem pior resposta do que o português e não é sequer a algumas especialidades. É a todas. Será verdade? É preciso ler os comentários da publicação para perceber onde a autora se inspirou para fazer a acusação. “Portugal é o segundo pior da Europa a dar resposta a doentes não-Covid, diz relatório.” Qual relatório? A resposta vem a seguir, quando a autora da publicação continua a citar o texto, disponível, por exemplo, no site da Ordem dos Médicos. “Um relatório da Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho (EUROFOUND) mostra que, desde o início da pandemia, 21% dos europeus faltaram a pelo menos uma consulta ou tratamento (ou viram-na ser adiada). Os países com maiores taxas de atos médicos prejudicados na União Europeia foram a Hungria (36%), Portugal (34%) e a Letónia (29%).” Logo na citação, a utilizadora de Facebook desdiz a sua própria afirmação, já que foi a Hungria, e não a Letónia, o país a registar pior resultado que Portugal. Apesar das deficiências conhecidas no Serviço Nacional de Saúde, este documento não sustenta a afirmação divulgada no Facebook. Vamos aos factos. Em primeiro lugar, o relatório do Eurofound não avalia a resposta dos serviços de saúde de diferentes países. O seu objetivo é o de olhar para o impacto económico e social da pandemia de Covid-19 nos países europeus. Entre várias conclusões — que passam, por exemplo, pelo número de pessoas que perderam o emprego ou pela forma como os pais lidaram com o ensino à distância dos filhos —, o trabalho olha também para a forma como a pandemia pôs em causa a resposta dos doentes não Covid — um alerta que a Ordem dos Médicos fez, várias vezes, ao longo da pandemia. “A sobrecarga do Serviço Nacional de Saúde teve outro impacto: a incapacidade de responder às necessidades da população com outras patologias não-Covid, tal como a Ordem dos Médicos tem vindo a alertar insistentemente”, lê-se no site daquele organismo. Estes dados são também reportados no “Health at a Glance”, documento da OCDE divulgado neste mês de novembro. Depois de analisar os efeitos da pandemia, concluiu-se que o acesso aos serviços de saúde pioraram na generalidade dos países. “As necessidades de cuidados médicos não satisfeitas foram mais elevadas na Hungria e em Portugal, com mais de um terço da população a dizer ter renunciado a um exame médico ou a tratamento durante a primeira onda” de Covid-19, lê-se no documento. Por outro lado, no ranking Euro Health Consumer Index — que todos os anos classifica 35 serviços nacionais de saúde na Europa, olhando para indicadores como direitos e informação dos pacientes, acessibilidade, resultados, diversidade e abrangência dos serviços prestados, entre outros —, o Serviço Nacional de Saúde português teve um forte desempenho em 2018, último ano analisado. Assim, Portugal estava, nesse ano, no 13.º lugar do top de sistemas europeus. Conclusão: Falso. Apesar das deficiências conhecidas no Serviço Nacional de Saúde, o documento citado nas redes sociais não sustenta a ideia de que só a Letónia tem um SNS pior que o português. Na verdade, com base naquele documento seria a Hungria. O relatório do Eurofound não avalia a resposta dos serviços de saúde de diferentes países, mas o impacto económico e social da pandemia de Covid-19 nos países europeus. Segundo a classificação do Observador, este conteúdo é: ERRADO No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é: FALSO: As principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos. Nota: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.
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