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| - Nas redes sociais, há publicações que dão conta de que a bispa Mariann Budde foi afastada da arquidiocese de Washington. O rumor nasceu depois de a bispa ter marcado o período pós-eleitoral ao pedir que a Donald Trump tivesse “piedade” de “crianças gays, lésbicas, transgénero”, “cidadãos sem documentos” e filhos de imigrantes, tudo pessoas que Budde diziam estar “assustadas”.
As palavras foram ditas durante uma homilia na Catedral de Washington, durante a tradicional celebração religiosa em que representantes de vários credos pedem orientação divina para o novo chefe de Estado. Como representante da Igreja Episcopal de Washington, Budde conduziu a celebração e ficou responsável pela homilia.
Na altura, nos primeiros bancos da catedral de Washington, Donald Trump não deixou transparecer uma reação. Porém, quando regressou à Casa Branca, mostrou-se desagradado com as palavras de Mariann Budde. “Não foi muito entusiasmante, pois não?”, afirmou, em resposta a uma questão dos jornalistas. Depois, fez a sua avaliação: “Não achei que tenha sido um serviço muito bom. Podiam ter feito muito melhor.”
Apesar das palavras do Presidente norte-americano e até de outros republicanos que foram mais duros — o congressista republicano Mike Collins chegou a dizer que devia ser “adicionada à lista de deportação” —, a publicação em causa não é verídica.
O post original a dar conta de que a bispa foi afastada da arquidiocese de Washington surgiu na página “America — Love It Or Leave It”, assumidamente de sátira. Apresenta-se como “uma subsidiária da rede de trollagem e propaganda por dinheiro da Última Linha de Defesa da América. Nada nesta página é real”, pelo que se torna óbvio que a publicação não é verdadeira.
Bispa de Washington pede a Trump que tenha “piedade” de jovens LGBTQ+ e imigrantes sem documentos. Este diz que serviço “não foi muito bom”
Conclusão
É falso que a bispa Mariann Budde tenha sido afastada da arquidiocese de Washington depois das palavras que proferiu relativamente a Donald Trump e ao apelo para que tivesse “piedade” de algumas pessoas. A publicação foi feita numa página de sátira e não há qualquer notícia num órgão de comunicação credível a confirmar, pelo contrário, há diversos textos a contrariar a informação.
Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é:
ERRADO
No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é:
FALSO: As principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.
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