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| - “Isto é legal? Normal?”, questiona-se em post de 28 de novembro no Facebook. Em causa uma publicação do Colégio “O Tapadinhas”, em Sintra, divulgada no mesmo dia e com um alerta dirigido aos pais: “Garrafas de água: A partir de hoje, as garrafas de água serão enviadas todos os dias para que os papás tenham noção da quantidade de água que os vossos meninos bebem por dia. Terão que ser devolvidas no dia seguinte, cheias.”
Sobre a mensagem, as interpretações variam: “Não acho nada de especial. As garrafas são reutilizadas e os pais que prezam a informação, de saber se os filhos bebem água durante o dia ou não, recebem-na. Não prejudica a criança nem os pais. Acho completamente inofensivo, por isso não vejo drama ou problema algum…”; “Graças a Deus por educadoras preocupadas com a quantidade de água ingerida pelas nossas crianças e apelam aos pais para que incutam nos seus filhos um hábito tão importante para a nossa saúde. Prevenir é melhor do que remediar.”
Mas se há quem ache normal, há também quem pense que o colégio está a tentar “poupar” no fornecimento de água: “Foi o que leste no ‘aviso’? Eu leio que os pais têm de enviar a água, pois os meninos bebem tanta água que o infantário não continuará a dar-lhes água“; “Tal como agora já fazem restrições à energia, o passo seguinte vai ser fazê-lo à água. Tudo em nome da treta das ‘alterações climáticas‘. É só esperar mais um pouquinho e ver. Isto já são preparativos.”
A publicação do Colégio foi entretanto apagada, mas o Polígrafo falou com fonte oficial para perceber o verdadeiro motivo por detrás da medida: desde logo, o post foi publicado por engano na página pública de Facebook. O objetivo, explica o Colégio, era ser enviado aos pais e educadores dos alunos daquele estabelecimento.
Uma vez online, porém, o post ganhou dimensão e gerou uma série de críticas, a que a escola não dá importância. As garrafas, que pertencem às crianças (o Colégio abrange creche e jardim de infância), são enviadas para casa a pedido dos pais, que muitas vezes questionavam sobre a quantidade de água ingerida pelos seus educandos durante o dia.
Desta forma, explica a mesma fonte, os pais podem analisar a quantidade de água bebida pelas crianças, bem como encher a garrafa novamente com a água que pretenderem (mediante a origem e o ph). Quanto à suposta falta de água ou de fornecimento às crianças, o Colégio descarta essa hipótese, garante que as crianças têm acesso à água de que necessitarem e lamenta que se tenha criado essa narrativa em torno da mensagem enviada aos pais, não tecendo mais comentários.
Além da direção do Colégio, o Polígrafo falou com Ana Garcia, encarregada de educação de um dos alunos, que confirma que foi a pedido dos pais que as garrafas começaram a ser enviadas para casa todos os dias, até para um melhor controlo da quantidade de água ingerida pelas suas crianças durante o dia (muitas vezes útil para questões médicas).
Depois disso, outros encarregados de educação entraram em contacto para esclarecer a questão, reafirmando que “em momento algum” esta “foi uma decisão da escola, muito menos para ‘racionar’ a água das crianças”.
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Avaliação do Polígrafo:
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