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| - A imagem de uma suposta notícia do The Washington Post foi partilhada diversas vezes nas redes sociais, num texto que aparece assinado pelo nome Chris Moltisanti e com o dia 2 de novembro deste ano. No título é referido que o “o fornecimento de armas da Ucrânia ao Hamas triplicou no último mês”.
Desde 7 de outubro que o conflito entre Israel e Hamas se intensificou na Faixa de Gaza, depois de um ataque da organização terrorista, e desde então têm sido vários os sinais da existência, em paralelo, também de uma guerra de informação. Tanto que esta não é a única publicação do género e a envolver apenas um meio de comunicação social. Também a BBC já foi alvo de uma notícia falsa relativa ao fornecimento de armas da Ucrânia ao Hamas. Agora foi com o Washington Post.
A suposta notícia não aparece numa busca pelo site do Washington Post, nem mesmo o nome do jornalista que assina o artigo — Christopher Moltisanti é o nome de uma personagem de ficção da série Os Sopranos. Além disso, a Reuters e a AFP já noticiaram que a própria redação do The Post nega ter publicado alguma vez esta informação.
Dias após o ataque do Hamas e perante a partilha de várias informações sobre o fornecimento ucraniano de armas a esta organização terrorista, o Ministério da Defesa Ucraniano fez uma publicação no Facebook onde acusava a Rússia de promover uma “campanha para defraudar a Ucrânia” em relação ao que se estava a passar no Médio Oriente. Nessa publicação, os ucranianos acusavam ainda a Rússia de entregar ao Hamas armas fabricadas nos Estados Unidos e em países da União Europeia que tinham sido capturadas durante o combate na Ucrânia.
Conclusão
A notícia que é partilhada nunca existiu, com o próprio The Washington Post a confirmá-lo. Não existe qualquer artigo com o título “envio de armas da Ucrânia para o Hamas triplicou no último mês” e nem há qualquer jornalista a escrever no mesmo jornal com o nome que consta na assinatura do artigo, na imagem que está a ser partilhada nas redes sociais.
Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é:
ERRADO
No sistema de classificação do Facebook este conteúdo é:
FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.
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