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| - As duas notícias são apresentadas sob o logótipo do “Jornal de Negócios”, mas o facto é que não encontramos registo de notícias com os referidos títulos no site e nas edições impressas do jornal em causa.
Não obstante, confirma-se que o primeiro-ministro António Costa proferiu recentemente uma declaração similar à que está destacada no título referente a 2020. “Costa afasta cenário de crise política por causa da descida do IVA da eletricidade. O primeiro-ministro sublinha que não colocou ‘a questão nesses termos’ e manifesta ‘a esperança de que toda a gente tenha o bom senso necessário para não pôr em causa um orçamento, para não adotar uma medida que é socialmente injusta, ambientalmente irresponsável e financeiramente insustentável‘”, noticiou a Rádio Renascença, no dia 5 de fevereiro.
No que respeita ao título referente a 2013, não encontramos qualquer registo público que sustente a alegação de que António Costa, na altura, exigiu a “diminuição da taxa de IVA de 23% para 13% alegando que os portugueses não aguentam mais austeridade”. É falso.
Como o Polígrafo recordou em artigo publicado ontem, em março de 2013, o PS apresentou na Assembleia da República um projeto de resolução que recomendava ao Governo de então – ainda durante a vigência do programa de assistência financeira – “que pondere a aplicação da taxa intermédia (13%) do IVA sobre eletricidade e o gás natural”.
“A decisão do Governo de aumentar, a taxa do IVA aplicada à eletricidade e ao gás natural, de 6% para 23%, paradigmática da estratégia do Governo de ‘ir para além da troika‘ – o Memorando de Entendimento inicial apenas previa um aumento da taxa do IVA sobre estes setores, mas não obrigava a escolha da taxa máxima -, ampliou muito as dificuldades das famílias e das empresas portuguesas no acesso a um bem de primeira necessidade“, destaca-se na exposição de motivos.
Ora, entre os deputados do PS que assinaram o projeto de resolução em 2013 sobressaem dois membros do atual Governo: Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, e João Galamba, secretário de Estado Adjunto e da Energia.
No entanto, o facto é que, em março de 2013, António Costa não era deputado do PS, nem secretário-geral do PS, mas tão somente presidente da Câmara Municipal de Lisboa. António Costa só viria a derrubar António José Seguro da liderança do PS em setembro de 2014, após ter vencido as eleições primárias no partido.
Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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