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  • Foi partilhada no Facebook a convocatória para uma manifestação no dia 20 de setembro em Lisboa, Porto e Coimbra e uma exigência dos seus promotores era que os estudantes não sejam obrigados a utilizar máscara nas escolas. De acordo com a descrição que acompanhava o cartaz da manifestação, o argumento era o de que, com a máscara colocada, as crianças e jovens “vão andar o dia inteiro a respirar CO2 em níveis tóxicos”. Mas não é verdade que a utilização da máscara — exigida pelas autoridades de saúde em espaços interiores fechados com várias pessoas e nos transportes públicos por pessoas a partir dos seis anos de idade — represente algum perigo para a saúde. Tiago Alfaro, pneumologista do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, já tinha explicado ao Observador que as máscaras permitem a passagem de ar, que circula livremente de dentro para fora e no sentido contrário. Por isso, o ar expirado durante a respiração é libertado e não volta a ser inspirado. Ao Observador, o pneumologista contraria a ideia de que possa haver acumulação de CO2 no interior da máscara, seja num “nível tóxico”, como refere a publicação, seja num nível inferior. “Se assim fosse, ao inspirarmos o mesmo ar estaríamos a respirar cerca de 40 milímetros de mercúrio [uma unidade de medida] de CO2 em vez de zero. Mas, como o ar entra e sai através da máscara, isso não é verdade. E o dióxido de carbono, como é um gás, também se difunde facilmente através da máscara”, concretiza o vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia. A publicação que acompanha a convocatória da manifestação refere-se ao perigo que os níveis elevados de dióxido de carbono representam para o organismo humano. Na verdade, a acumulação de níveis demasiado altos de dióxido de carbono no organismo chama-se hipercapnia, e é uma condição grave provocada pelo excesso de CO2 no sangue. Quando o corpo funciona normalmente, o dióxido de carbono é produzido pelas células durante o metabolismo, transportado pelo sangue até aos pulmões e libertado pela expiração. Mas, quando o sistema respiratório não funciona corretamente, então o dióxido de carbono pode não ser eliminado com tanta eficácia e acumula-se no sangue arterial. Fact Check. O uso de máscara pode provocar hipercapnia, um excesso de dióxido de carbono no sangue? Acontece que a hipercapnia costuma acontecer quando os alvéolos — pequenas bolsas que existem nos pulmões, e onde ocorre a troca do dióxido de carbono, que deve ser renovado por oxigénio — estão danificados. Também pode ocorrer se alguém estiver exposto durante longos períodos de tempo a uma atmosfera rica em dióxido de carbono. A questão é que, mesmo utilizando máscara, o ar é sempre renovado e não fica acumulado na máscara, porque continua a fluir para dentro e para fora dela. Logo, não se acumulam “níveis tóxicos” de dióxido de carbono. Conclusão É falso que a utilização de máscara provoque a inspiração de níveis tóxicos de dióxido de carbono. Durante o processo de respiração, mesmo com uma máscara colocada, o ar flui para dentro e para fora dela, o que evita a acumulação de quantidades perigosas de dióxido de carbono. Ou seja, a utilização de máscara pelos alunos durante o período escolar não representa um perigo para a saúde das crianças. Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é: ERRADO De acordo com o sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é: FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos. NOTA1: este artigo foi produzido no âmbito de uma parceria de fact-checking entre o Observador e a TVI NOTA2: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact-checking com o Facebook.
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