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| - Foram mais de 40 os voos cancelados no Aeroporto de Lisboa este domingo, 3 de julho. Já no dia anterior, sábado, ficaram por concluir 65 voos de várias companhias aéreas, que deixaram centenas de passageiros em terra com inúmeros constrangimentos e num cenário caótico que, diz a ANA, não se esgota em Portugal. Ao Polígrafo, um leitor remeteu algumas notas sobre os cancelamentos dos últimos dias, destacando o papel da TAP como “responsável pela maioria” dos voos que nem levantaram nem aterraram em Lisboa.
Estes números podem ser facilmente contabilizados através do portal da ANA Aeroportos, com consulta a toda a informação de chegadas e partidas, pelo menos, do último domingo. À hora de publicação deste artigo, já se contam, esta segunda-feira, sete chegadas e sete partidas canceladas, mas durante o dia de ontem a TAP somou 39 voos (a aterrar e levantar em Lisboa) cancelados. Estavam previstos, no total, 360 voos desta companhia aérea para este domingo.
Em declarações ao Polígrafo, a TAP confirmou que, “devido a constrangimentos em vários aeroportos em que a TAP opera, incluindo o incidente com um jato privado na sexta-feira no aeroporto de Lisboa, muitos voos da companhia foram afetados e, consequentemente, toda a sua operação”.
A TAP ressalva, no entanto, que “apesar dos muitos voos impactados e do período de alta temporada turística”, a companhia está “a fazer o melhor para minimizar o impacto desta situação“, aconselhando os passageiros afetados por esta situação a “aguardar uma mensagem da TAP com um novo horário de voo”.
Dos 56 voos cancelados ontem com destino e partida de Lisboa- 30 chegadas e 26 partidas- no Aeroporto Humberto Delgado, contabilizados pelo Polígrafo, 39 eram operados pela TAP. Companhias como a Azores Airlines, a Air Nostrum, a British Airways e a AER Lingus também se viram obrigadas a cancelar partidas e chegadas, mas em muito menor escala. Estes números são ainda explicados pelo grande número de voos operados pela TAP naquele aeroporto: dos 671 voos que se previa que chegassem e partissem daquele aeroporto este domingo, 360 eram TAP.
Também em declarações ao Polígrafo, a ANA Aeroportos remete os esclarecimentos para cada companhia aérea, de forma a que estas possam “explicar a razão específica dos cancelamentos dos seus voos”. Na atual conjuntura, refere a ANA, “o setor da aviação depara-se com constrangimentos vários – no espaço aéreo internacional, nos aeroportos europeus, nas companhias aéreas- podendo ser diferentes as razões de cada companhia aérea para decidir pelo cancelamento de voos”.
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