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| - “Alimentação entérica para doentes ‘armazenada’ a céu aberto com chuva sol e pombos a deixar os seus dejectos em cima das caixas. Algumas das caixas não se encontram isoladas. Estas são alimentações que mais tarde serão dadas a doentes críticos”, alega-se numa mensagem enviada ao Polígrafo.
A unidade de saúde em causa é, segundo se indica, o Hospital de Faro. “Este é apenas um exemplo pois havia material clínico espalhado para este corredor céu aberto que já foi sendo retirado. Estamos a falar de material que tem como destino doentes com necessidades de alimentação especiais por condições graves de saúde. Algumas das caixas encontram-se abertas sendo possível ver os dispositivos utilizados na alimentação entérica”, informa-se ainda.
Verdade ou falsidade?
Contactada pelo Polígrafo, fonte oficial do Centro Hospitalar Universitário do Algarve confirma que as caixas em causa continham “fórmula modificada para nutrição oral e entérica”.
Esclarece ainda que o referido artigo “encontra-se armazenado em instalações fechadas, de acesso restrito, devidamente climatizadas”. Mas que as imagens se referem a uma parte do material que foi “deslocado temporariamente, por motivos de limpeza e reorganização das instalações”. Refere-se ainda que se tratou de uma situação de “caráter excecional” e “muito limitada no tempo“.
A mesma fonte refere que as caixas “em trânsito” encontravam-se em “palete selada, em zona coberta e de acesso restrito”. E garante que no regresso ao local de armazenamento habitual, “foi verificada a integridade de todas as embalagens secundárias e primárias antes de reintegrado no circuito de distribuição”.
Outra das justificações apresentada pela unidade de saúde para o sucedido é a situação de contingência de fornecimentos. “Estas aquisições são necessárias para garantir que haja rotura para as necessidades dos doentes e obrigam a situações de sobre stock, as quais provocam dificuldades de armazenamento nos momentos de transferência para áreas de aprovisionamento”. Ainda assim, reforça, “o local em causa é coberto”.
Em suma, as imagens em causa são verdadeiras, foram captadas no Hospital de Faro e mostram caixas com alimentação entérica. A unidade hospitalar garante, no entanto, que esteve em causa uma situação transitória de deslocação deste produto e, como se pode ver nas imagens, as caixas estiveram apenas parcialmente expostas ao exterior.
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Avaliação do Polígrafo:
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