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  • O original é de 1971 e foi editado no álbum de estreia do duo folk britânico Curtiss Maldoon sob o título “Sepheryn”. Mas a sonoridade, o ritmo e a garra na interpretação são de tal forma díspares de “Ray of Light”, editado em 1998, que seria quase injusto acusar Madonna de “usurpação” deste tema. O que aconteceu, na verdade, foi mais o respigar de uma canção perdida no tempo e distante da fama, com o objetivo de lhe oferecer uma nova roupagem – completamente distinta da original – e transformá-la no êxito que, na sua forma inicial, nunca conseguiu, nem conseguiria, atingir. Nesta segunda vida da canção, mais que o talento musical e vocal de Madonna – que, obviamente, não está em causa – terá sido a perspicácia da cantora em entregar ao produtor William Orbit os destinos do tema o elemento que mais contribuiu para o êxito que acabaria por atingir. Assim, “Sepheryn” passou a chamar-se “Ray of Light”, deu nome ao álbum de 1998 de Madonna e abandonou, definitivamente, o ambiente folk em que tinha nascido. Ao escalar Orbit, um dos nomes grandes da cena acid house, Madonna – que já tinha trabalhado com o produtor – estava determinada a assinar um disco assumidamente mais eletrónico, onde as influências do trance, trip hop e do drum and bass são indisfarçáveis. O álbum “Ray of Light” coloca Madonna em territórios que ainda não tinha arriscado pisar de forma tão assumida. Esta transformação sonora afetou, além da musicalidade de Madonna, também a canção repescada no início dos anos 70 do século passado. A maior parte da letra é fiel ao original mas parte ficou de fora nesta versão e novos versos foram acrescentados. Será acertado catalogá-la como “cover”? Quanto aos arranjos musicais, aí a discrepância entre o tema do duo Curtiss Maldoon e “Ray of Light”, de Madonna, é gritante. São universos opostos. Mas, afinal, em que categoria podemos colocar esta recriação? Não cabendo bem na categoria de cover, será uma canção nova com um “sample” de outra já existente? Contém uma “amostra”, um excerto, de uma canção de outro autor que é colocado no meio de uma outra criação original? Parece fazer mais sentido. Mas “Ray of Light também vai mais longe, pois a parte “copiada” é muito mais substancial do que meros segundos de uma melodia e/ou letra. Independentemente do rótulo, a verdade é que o tema, chamemos-lhe “inspirado”, numa canção do início dos anos 70 está definitivamente colado a Madonna e ninguém questiona a sua autoria. De tal forma que as covers que foram sendo feitas desde 1998 atribuem sempre a autoria da canção a Madonna. Uma melhores do que outras, claro, mas há uma tão especial como improvável, interpretada por Iggy Pop, ao vivo (ao minuto 03:20 do link), com Madonna na plateia, quando a cantora foi nomeada para o Rock and Roll Hall of Fame, em 2008. “Ray of Light” ressurgiu mais tarde como tema condutor de um mashup – sobreposição/colagem de duas ou mais músicas – com o título “Ray of Gob”, assinado por um dos mais destacados nomes desta arte, Mark Vidler, também conhecido por Go Home Productions. Aqui, “Ray of Light” convive com “Pretty Vacant” e “Anarchy in the U.K.”, dos Sex Pistols. Mas estas são outras misturas… Avaliação do Polígrafo:
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