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| - Desde a morte de Marielle Franco, assassinada há cerca de um ano, que circulam fake news sobre o crime nas redes sociais. A mais recente falsidade viral consiste numa fotografia da própria Marielle Franco abraçada a um dos suspeitos de a ter matado.
Recorde-se que Marielle Franco, 38 anos de idade, vereadora na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, Brasil, foi assassinada na noite de 14 de março de 2018. De acordo com a Polícia Militar, Franco estava no interior do seu automóvel, conduzido pelo motorista Anderson Pedro Gomes, quando outro automóvel se “emparelhou”, abriram a janela e dispararam múltiplos tiros.
“Pelo menos quatro tiros terão atingido a cabeça da vereadora”, revelou “O Globo”, na altura. O motorista também morreu na sequência do ataque. E uma assessora da vereadora, que seguia viagem no automóvel, foi atingida por estilhaços mas sobreviveu.
A fotografia em causa está a ser partilhada por milhares de pessoas nas redes sociais. Supostamente, Marielle Franco está abraçada a um dos seus assassinos que, na altura em que foi tirada a fotografia, seria guarda-costa da Mangueira, uma escola que homenageou a vereadora.
A plataforma “Boatos.Org” analisou a imagem e concluiu que Marielle Franco está a abraçada ao vereador Marcelo Sicilliano e não a um dos seus assassinos (isto é, os dois suspeitos que foram recentemente detidos pelas autoridades brasileiras). Em maio de 2018, Marcello Sicilliano “chegou a ser apontado por uma testemunha como um dos mandantes do crime” perpetrado contra Marielle Franco, informa a mesma plataforma. “Porém, ainda não foi indiciado e tampouco preso. O próprio Sicilliano afirma que é inocente e a testemunha ‘voltou atrás na denúncia’”, acrescenta.
“Resumindo: a história que aponta que a vereadora Marielle Franco tirou uma foto com um dos seus assassinos é falsa. A pessoa da foto, o vereador Marcelo Sicilliano, chegou a ser suspeito do crime, mas não há nada que comprove que ele tenha tido participação nele. Também é boato que ele tenha trabalhado para o ‘chefão da Mangueira’. Boato duplo”, conclui.
Avaliação do Polígrafo:
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