O ainda presidente brasileiro Jair Bolsonaro tem uma presença mediática forte nas redes sociais. É habitual encontrarmos posts de Facebook do atual líder que ora são verificados por fact-checkers ora são manipulados por outros utilizadores. Por estarmos muito próximos da segunda volta das eleições presidenciais naquele país, voltaram a surgir publicações que visam Bolsonaro.
Na publicação aqui verificada, alega-se que o presidente brasileiro quer “elaborar um projeto de lei para acabar com o feriado do dia 12 de outubro a partir de 2023”. Neste feriado comemora-se o Dia da Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do Brasil. Trata-se, no entanto, de uma publicação falsa.
Quando se faz uma busca pelas redes sociais de Jair Bolsonaro não é possível encontrar uma publicação onde o presidente do Brasil tenha apresentado essa proposta de projeto lei. Nem no Facebook nem no Twitter nem no Instagram. Também não é possível encontrar uma declaração onde Bolsonaro confirme esta intenção de acabar com aquele feriado religioso no seu país.
Por outro lado, Bolsonaro é católico confesso, mesmo tendo sido batizado em Israel por um pastor evangélico em 2016. Um dos setores sociais e religiosos que mais o tem apoiado desde a sua primeira eleição vem precisamente desta área: os evangélicos.
Conclusão
Não é verdade que Jair Bolsonaro tenha escrito no seu Facebook que tinha a intenção de avançar com um projeto lei para acabar com o feriado religioso de 12 de outubro. Trata-se de uma publicação manipulada que surge durante o período das eleições presidenciais no Brasil. Não é possível encontrar qualquer declaração ou publicação das redes oficiais de Bolsonaro que confirmem a intenção de avançar com aquela proposta.
Assim, segundo a classificação do Observador, este conteúdo é:
ERRADO
No sistema de classificação do Facebook este conteúdo é:
FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.