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  • “Casos de miocardites aumentam exponencialmente em 2021. Porquê?” Esta é a pergunta que surge numa publicação de Facebook de 14 de novembro, onde o autor partilha um suposto gráfico com a comparação anual dos casos desta inflamação cardíaca, numa clara alusão à pandemia de Covid-19. Isto porque as miocardites foram um dos efeitos secundários detetados em algumas da vacinas contra o novo coronavírus. Trata-se, no entanto, de uma publicação falsa. O gráfico em si já dá algumas pistas daquilo que pode estar em causa. Desde 2010 que os casos de miocardite e pericardite reportados tinham sido residuais. Mas, em 2021, precisamente o ano em que as vacinas contra a Covid-19 começaram a ser administradas em larga escala no mundo inteiro, esse número, segundo o grafismo, aumentou, de facto. Mas o autor não faz referência à fonte, notícia ou artigo científico no qual se baseou. A única informação que pode ajudar a entender a origem deste grafismo é a sigla VAERS (Vaccine Adverse Event Reporting System). E o que é? Uma plataforma norte-americana que compila casos submetidos livremente, e que ainda não foram verificados pelas autoridades competentes ligadas ao Sars-Cov-2, sendo que a sua função é, por isso, fazer um acompanhamento da segurança das vacinas. Ou, tal como se lê no seu site oficial, “um sistema de relatório passivo, o que significa que depende do envio de experiências individuais para o Centro de Controlo de Doenças e Prevenção(CDC) e para a FDA (Food and Drug Administration)”. Portanto, a VAERS pode dar pistas de padrões de reações adversas à vacina, mas não determina se a vacina é um problema de saúde em si, tal como o Observador já explicou noutros fact-checkers relacionados com esta plataforma. E, por isso, não se pode depreender dos dados que regista que os casos de miocardites tenham aumentado em 2021 por causa das vacinas. Fact Check. Mais mortalidade associada à vacina da Covid-19 do que o somatório de todas as vacinas nos 31 anos anteriores? Depois, o Observador consultou o Infarmed, autoridade responsável por monitorizar o processo das vacinas em Portugal, para perceber a importância da plataforma VAERS, por um lado; e se no país existem, de facto, um aumento de casos de miocardite, por outro. A autoridade nacional para o medicamento refere que, como a eventual associação entre miocardite/pericardite e a vacinas da Covid-19 “é bem conhecida do público em geral”, estes casos “têm maior probabilidade de serem notificados”. Ou seja, “a comparação com base em histórico de notificação espontânea [como a VAERS] pode não ser a abordagem mais correta”, garantiu o Infarmed. E, tal como explicado pelo CDC, “uma notificação de suspeita adversa não pressupõe uma relação causal com a vacina contra a Covid-19”. Por exemplo, no caso da Europa, essa análise é feita com diferentes graus de classificação e remetida depois para uma base de dados europeia de farmacovigilância, a Eudravigilance. E é isso que está a ser feito relativamente aos casos de miocardites/pericardites. “O resultado final depois é feito pelo Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância, apoiado pelos peritos da rede europeia de avaliação, é comunicado mediante publicação das conclusões e das decisões tomadas, seguindo depois a implementação de medidas de minimização do risco, caso existam”, afirma o Infarmed. No que diz respeito a Portugal, ainda não existe um registo epidemiológico para se perceber a incidência desta inflamação cardíaca antes de os portugueses terem começado a ser vacinados contra a Covid-19. Até porque, justifica o Infarmed, “a maioria dos casos são de natureza clínica aguda”. Ainda assim, sabe-se que os casos diretamente relacionados com a inoculação são de indivíduos jovens de sexo masculino, sobretudo depois da toma da segunda dose da vacina. “Será, no entanto, difícil que seja um número tão elevado que ganhe uma expressão tão manifesta como parece ser no gráfico referido pela publicação de Facebook”, afirmou aquela instituição. O Infarmed relembra ainda que o novo coronavírus pode também ser um agente causador de miocardites/pericardites, ou seja, o aumento do número de casos desta inflamação cardíaca pode estar relacionada com a infeção natural do vírus. Segundo o relatório mais recente que monitoriza estes casos em Portugal, atualizado a 31 de outubro de 2021, houve 52 casos suspeitos. Resta dizer que a publicação original já foi verificada anteriormente. A agência Reuters classificou como falsas as informações veiculadas pelo alegado gráfico sobre casos de miocardites que surgiram após a toma da vacina da Covid-19 em 2021. Segundo a análise da Reuters, e depois de ter feito um pedido de esclarecimento à CDC, não é possível admitir que existam tantos casos de miocardites em 2021 tal como mostra o gráfico em causa. Conclusão Não é verdade que os casos de miocardite tenham aumentado em 2021. Os dados referidos pela publicação original citam a VAERS, uma plataforma de recolha de dados espontânea relativa a reações adversas à vacinação contra a Covid-19. Esses dados têm de ser, depois, verificados pelas autoridades competentes, tal como já explicou o Observador em fact-checkers sobre esta plataforma. Ou seja, não se pode estabelecer uma relação causal entre os dados reportados pela VAERS e as vacinas, já que precisa de ser verificada, processada e analisada. Esta publicação já foi anteriormente desmentida por outros órgãos de comunicação social como a agência Reuters. Segundo a classificação do Observador, este conteúdo é: ERRADO No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é: FALSO: As principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos. Nota: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.
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