About: http://data.cimple.eu/claim-review/4e1a65fceb5b4e6b169680910850928673f9bc3642215b919c66f7b2     Goto   Sponge   NotDistinct   Permalink

An Entity of Type : schema:ClaimReview, within Data Space : data.cimple.eu associated with source document(s)

AttributesValues
rdf:type
http://data.cimple...lizedReviewRating
schema:url
schema:text
  • Os rumores começaram a circular no final de setembro deste ano: estaria em curso um golpe de estado na China com vista à destituição de Xi Jinping, que teria sido colocado em prisão domiciliária. A alegação começou por circular em contas de Facebook e Twitter em língua inglesa, mas rapidamente chegou aos utilizadores de língua portuguesa, como exemplifica a publicação abaixo, consultada pelo Observador. “Rumores surgiram nas últimas horas de que Xi Jinping, o Presidente/Ditador da China foi preso, sofrendo um golpe militar”, lê-se na publicação em causa. “Os boatos se intensificam a partir do momento que ele manda uma carta ao invés de estar presente para comemorar o 70º aniversário da criação do China News Service, um importante evento que se realizou hoje (23/09/2022) em Pequim.” Os rumores sobre o alegado golpe de estado contra Xi Jinping encontraram terreno fértil numa China marcada por uma política de tolerância zero à Covid-19. Como explicou a CNN, na altura em que começaram os rumores, Xi Jinping não era visto em público desde 16 de setembro, dia em que regressou a Pequim vindo do Uzbequistão, onde tinha estado a participar numa cimeira asiática — essa tinha, aliás, sido a sua primeira viagem ao estrangeiro desde o início da pandemia da Covid-19. No dia em que se assinalaram os 70 anos do China News Service, a agência de notícias chinesa Xinhua deu conta de que Xi Jinping tinha efetivamente enviado uma carta à instituição, que foi lida em voz alta durante uma cerimónia formal para comemorar o aniversário. A ausência de Xi Jinping dos olhos do público, associada a esta aparição por intermédio de uma carta, espoletou os rumores, que ganharam força com a disseminação de uma série de vídeos online. Segundo o portal Factly (um dos signatários da Poynter International Fact-Checking Network, de que o Observador também é signatário), uma das possibilidades para a origem destes rumores terá sido um vídeo publicado pela ativista chinesa Jennifer Zeng, dissidente do regime de Pequim, no Twitter. Nesse vídeo era possível ver um conjunto de veículos militares numa autoestrada — e a legenda dizia que seria uma coluna militar envolvida num golpe de estado que já tinha resultado na prisão domiciliária de Xi Jinping. Em 14 de dezembro, o vídeo já tinha perto de 4 milhões de visualizações. No próprio dia, porém, a própria Jennifer Zeng assumiu no Twitter que os rumores não eram verdadeiros. Mas, apesar do recuo da ativista, o rumor já tinha começado a fazer o seu próprio caminho e a ser alimentado por vários utilizadores das redes sociais. Começaram também a circular vídeos que mostravam explosões, incêndios, cancelamentos de voos, veículos militares em movimento e outras alegadas provas de que estava mesmo em curso um golpe de estado. O portal de fact-checking Snopes, outro dos parceiros da IFCN, explica que essas partilhas foram feitas com recurso a vídeos e imagens de outros acontecimentos passados, retirados do seu contexto. A tese foi amplamente citada nos meios de comunicação indianos. O Snopes cita também o investigador norte-americano Drew Thompson, antigo oficial do Departamento de Defesa dos EUA especializado na política chinesa e agora professor universitário em Singapura, que identificou a origem do rumor sobre o golpe de estado como tendo estado na desinformação difundida pelo grupo religioso Falun Gong, que além das práticas espirituais também tem um posicionamento político contra Xi Jinping e já esteve envolvido em várias polémicas associadas a desinformação e a teorias da conspiração. Para acabar de vez com os rumores, o próprio Xi Jinping reapareceu em público no dia 30 de setembro. Nessa altura, a CNN explicou que não só não havia quaisquer provas ou evidências de que tenha havido alguma tentativa de golpe contra Xi Jinping como apontou a possibilidade de o Presidente chinês ter simplesmente estado a cumprir as regras de quarentena impostas a todos os cidadãos do país. Conclusão A ideia de que Xi Jinping teria sido colocado em prisão domiciliária na sequência de um golpe de estado não passou de um conjunto de rumores que surgiram nas redes sociais e que foram alimentados por ativistas e por grupos opositores de Xi Jinping. Não há qualquer evidência que sustente as alegações. Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é: ERRADO No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é: FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos. NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook
schema:mentions
schema:reviewRating
schema:author
schema:datePublished
schema:inLanguage
  • Portuguese
schema:itemReviewed
Faceted Search & Find service v1.16.115 as of Oct 09 2023


Alternative Linked Data Documents: ODE     Content Formats:   [cxml] [csv]     RDF   [text] [turtle] [ld+json] [rdf+json] [rdf+xml]     ODATA   [atom+xml] [odata+json]     Microdata   [microdata+json] [html]    About   
This material is Open Knowledge   W3C Semantic Web Technology [RDF Data] Valid XHTML + RDFa
OpenLink Virtuoso version 07.20.3238 as of Jul 16 2024, on Linux (x86_64-pc-linux-musl), Single-Server Edition (126 GB total memory, 11 GB memory in use)
Data on this page belongs to its respective rights holders.
Virtuoso Faceted Browser Copyright © 2009-2025 OpenLink Software