schema:text
| - “Em 1997, um Biden aparentemente menos senil previu que se a NATO se aproximasse da fronteira russa, desencadearia uma reação militar feroz”, lê-se num tweet publicado a 12 de maio. O autor da publicação sustenta a alegação num vídeo em que o atual Presidente dos Estados Unidos aparece supostamente a prever esta resposta da Rússia.
A tese tem sido partilhada nas redes sociais em várias línguas desde o início de abril. Em vários tweets alega-se que Joe Biden, em 1997, já “teria em mente a expansão da NATO para os países bálticos” e sabia que “isso provocaria uma resposta militar russa”.
Confirma-se?
Não. Apesar de o vídeo partilhado ser autêntico, a citação partilhada nas redes sociais é falsa, dado que as imagens captadas em 1997 não mostram o atual presidente dos Estados Unidos da América a afirmar que a expansão da NATO forçaria a Rússia a uma “reação militar feroz”.
O Polígrafo analisou o vídeo e Joe Biden defende no seu discurso que, caso os países bálticos se juntassem a esta aliança, seria de esperar uma “reação hostil” por parte da Rússia. Assim, a citação está mal traduzida e não corresponde às palavras utilizadas pelo Chefe de Estado norte-americano, já que Biden não recorreu à palavra “militar” para descrever a possível resposta da Rússia.
Aliás, já na altura, após remeter para uma eventual “reação violenta e hostil” da Rússia, Joe Biden teve o cuidado de frisar que não se referia a uma “reação militar”.
Em suma, a tese de que Biden teria previsto, em 1997, uma resposta militar da Rússia face à entrada dos países bálticos na NATO não tem qualquer fundamento e consiste numa deturpação das palavras do Presidente dos Estados Unidos.
_____________________________
Avaliação do Polígrafo:
|