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| - “Tenho provas que levarão à prisão de Hillary Clinton.” A data da publicação no Twitter é de 18 de outubro, a conta é de Halyna Hutchins, e tem o selo de verificação da rede social. Mas será verdade? Nas redes sociais corre uma imagem, partilhada por internautas de todo o mundo, com as características descritas. A leitura é sempre a mesma: a diretora de fotografia de “Rust”, que morreu nas rodagens do filme, depois de o ator Alec Baldwin ter disparado uma arma de adereço que não deveria estar carregada, tinha provas contra Hillary Clinton. E a sua morte estaria relacionada com esse facto, e não com um acidente.
O primeiro ponto a desmistificar é que a conta que surge na imagem não existe no Twitter. Existem duas contas com o nome de Halyna Hutchins, mas nenhuma delas tem a mesma foto de perfil que aparece na imagem partilhada, nem tão pouco o selo de conta verificada. Por outro lado, a presença de Halyna nas redes sociais focava-se essencialmente na sua conta de Instagram, onde chegou a publicar várias imagens da rodagem do filme. Em nenhuma delas faz qualquer menção a Clinton.
Não é a primeira vez que, nas redes sociais, surgem alegações de que pessoas famosas publicaram tweets sobre a antiga secretária de Estado dos EUA antes de morrerem. Aconteceu, por exemplo, depois da morte do chef Anthony Bourdain e da juíza do Supremo Tribunal Ruth Bader Ginsburg. Ambos os casos foram alvo de verificação de factos por fact-checkers internacionais e desmentidos.
Assim, não há qualquer evidência de que Halyna Hutchins tenha feito qualquer publicação sobre a política norte-americana antes da sua morte, que ocorreu a 21 de outubro no Novo México.
Conclusão:
Falso. A imagem que aparenta ser de um perfil verificado não corresponde à verdade — não há nenhuma conta ativa no Twitter de Halyna Hutchins e que tenha o selo de verificação. A rede social que a diretora de fotografia usava com frequência, e onde chegou a publicar imagens da rodagem de “Rust”, era o Instagram.
Segundo a classificação do Observador, este conteúdo é:
No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é:
FALSO: As principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
Nota: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.
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