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  • “Só uma instituição muito doente é que escreve um artigo que começa com ‘O suposto massacre na Praça Tiananmen, em 1989, nunca ocorreu‘”, denuncia-se num dos posts ou tweets que exibem o recorte do artigo em causa. Com o título “A farsa de Tiananmen“, o artigo existe mesmo, tendo sido publicado no jornal “Avante!” a 7 de dezembro de 2011. Ou seja, não é um artigo atual ou sequer recente, ao contrário do que se sugere nas redes sociais, através de uma imagem em que se oculta a respetiva data de publicação. Mais, lendo a versão integral do artigo verifica-se que tem como base um outro artigo do jornal britânico “The Daily Telegraph”, da autoria do jornalista Malcolm Moore e datado de 4 de junho de 2011. “O suposto massacre na Praça Tiananmen, em 1989, nunca ocorreu, confirmam documentos secretos da embaixada dos EUA em Pequim, divulgados pelo Wikileaks. As informações publicadas pelo jornalista Malcolm Moore atestam a versão defendida pelo Governo chinês quanto aos factos ocorridos na Praça, a 4 de junho daquele ano”, lê-se no artigo do “Avante!”, referindo explicitamente a origem de tal informação. Em declarações ao Polígrafo, fonte oficial do PCP confirma que “a notícia reporta um artigo publicado no ‘The Daily Telegraph’ sobre informações recolhidas pela Embaixada dos Estados Unidos da América em Pequim, entretanto tornadas públicas, sobre os acontecimentos ocorridos em Pequim em junho de 1989, e sobre os quais o PCP então se pronunciou”. Importa porém ter em atenção que, no artigo do jornal britânico, o que é colocado em causa é o local exato do massacre, não a ocorrência do massacre. Aliás, essa tem sido a versão defendida pelo regime da China, reforçada entretanto pelos telegramas da rede diplomática dos EUA que a plataforma Wikileaks revelou entre 2010 e 2011. “Os telegramas obtidos pelo WikiLeaks confirmam em parte o relato do Governo chinês da madrugada de 4 de junho de 1989, que sempre insistiu que os soldados não massacraram manifestantes dentro da Praça de Tiananmen. Em vez disso, os telegramas mostram que os soldados chineses abriram fogo contra os manifestantes fora do centro de Pequim, enquanto eles tentavam chegar à Praça vindos do oeste da cidade”, lê-se no artigo do jornal britânico. Informa-se também que três telegramas foram enviados pela embaixada do EUA no dia 3 de junho, “nas horas que antecederam a repressão, quando os diplomatas perceberam que o confronto final entre os manifestantes e os soldados estava a aproximar-se”. Nesses telegramas descrevem-se “‘10.000 a 15.000 soldados armados com capacetes‘ que seguiam para a cidade, alguns dos quais a ‘transportar armas automáticas'”. A sustentar o conjunto de telegramas, o artigo menciona ainda James Miles, correspondente da BBC em Pequim à data, que em 2009 “admitiu que ‘transmitiu a impressão errada’ e que ‘não houve um massacre na Praça de Tiananmen’”. Segundo o jornalista, os “manifestantes que ainda estavam na Praça quando o Exército lá chegou foram autorizados a sair após negociações. (…) Não houve um massacre da Praça de Tiananmen, mas houve um massacre de Pequim“. Em suma, é verdade que o jornal oficial do PCP publicou – em 2011 – um artigo sobre a “farsa” do “suposto massacre de Tiananmen”. Contudo, esse artigo baseou-se em informação publicada originalmente no jornal britânico “The Daily Telegraph” que, por sua vez, não negava a ocorrência de um massacre em Pequim, no ano de 1989, mas apenas colocava em causa o local exato desse massacre. Embora não tenha remetido ao Polígrafo uma posição oficial sobre este acontecimento histórico, o facto é que o PCP votou contra – em 2019 – dois votos de pesar em memória das vítimas de Tiananmen (ou de Pequim), uma posição distinta da que foi assumida pelo Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV), com o qual o PCP mantém uma coligação. _______________________________________ Avaliação do Polígrafo:
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