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  • Em causa estará a dependência europeia a nível energético, como mostra uma publicação divulgada este sábado, 27 de agosto, no Facebook: “60,7% do consumo energético europeu é satisfeito por importações, sendo que 21% do consumo final é representado pelo gás, importado a 90%”. Por sua vez, “77% das importações passam por gasodutos e apenas 23% é transportado por barcos sob a forma de gás natural liquidificado proveniente dos Estados Unidos, mas também do Qatar e Argélia”. Assim, no que respeita ao gás natural, “os principais fornecedores são portanto a Rússia, com 41% das importações (reduziram em volume de forma substancial mesmo antes do início da guerra) e a Noruega, com 16,2%”. O autor da publicação nota que ainda que o preço da eletricidade da Europa tem sido fixado pela última unidade de produção alimentada com gás natural proveniente dos Estados-Unidos, o que eleva o seu custo. “Recordo também que este referente é apenas um elemento do preço da eletricidade para o consumidor final. De salientar que é desta forma que a Espanha cede a Portugal eletricidade a um preço muito mais elevado do que o custo de produção de origem nuclear, eólica, solar ou ainda a partir do carvão”, já que “Portugal deixou de produzir eletricidade a partir do carvão, mas continua a comprar a países que continuam a utilizá-lo”. Desde logo, é necessário entender que embora Portugal tenha que recorrer à importação de energia de outros países como Espanha e França que, para já, continuam a produzir eletricidade a partir do carvão e são países de interligação energética com Portugal, a percentagem de carvão da eletricidade importada é mínima. Contactado pelo Polígrafo em dezembro do ano passado, Francisco Ferreira, presidente da associação ambientalista ZERO e professor na área do ambiente na Universidade Nova de Lisboa, explicou que “a percentagem de carvão dessa eletricidade importada será muito pequena, porque tanto Espanha como França têm uma percentagem mínima de uso de carvão. Até porque a eletricidade de França é maioritariamente nuclear”. Francisco Ferreira esclareceu ainda que a importação de eletricidade que é feita tem custos muito reduzidos, pelo que, “se o custo for mais pequeno do que estar a produzir, compensa comprar”. Apesar disso, em Portugal recorre-se maioritariamente a fontes de energia renováveis para a produção de eletricidade. De acordo com os dados publicados pela Associação de Energias Renováveis (APREN) de janeiro a julho deste ano, 55,7% da eletricidade produzida em Portugal foi de origem renovável. Os dados da APREN indicam que ainda nenhuma da energia utilizada foi produzida através do carvão. Quanto à dependência energética “europeia”, é preciso saber que os dados existentes se reportam apenas à União Europeia (UE) e que dizem respeito ao ano de 2020. É com esses números que vamos trabalhar para saber de onde importamos a nossa energia. De acordo com um boletim do Eurostat, serviço de estatística da União Europeia, no qual se destaca que a Rússia é o principal fornecedor de petróleo bruto, gás natural e combustíveis fósseis sólidos da União Europeia, a taxa de dependência energética “mostra até que ponto uma economia depende das importações para atender às suas necessidades energéticas”. Este indicador é medido pela “parcela das importações líquidas (importações – exportações) no consumo bruto de energia interior (ou seja, a soma da energia produzida e as importações líquidas)”. Assim sendo, na UE, em 2020, a taxa de dependência equivaleu a 58%, “o que significa que mais da metade das necessidades energéticas da UE foram atendidas pelas importações líquidas”. Ainda que alta, esta taxa é menor quando comparada com a atingida em 2019 (essa sim de 60%), sendo no entanto mais alta do que a registada em 2000 (56%). Uma análise mais concreta mostra que a taxa de dependência varia por Estado-membro, desde mais 90% em Malta, Chipre e Luxemburgo até somente 10% na Estónia. Em Portugal, a taxa de dependência de petróleo bruto, gás natural e combustíveis sólidos rondou, em 2020, os 65%, sendo que no ano de 2000 era superior a 85% e, em 2019, de 74%. Além disso, é notório que a União Europeia depende principalmente da Rússia para as importações dos três tipos de energia, sendo a Noruega o segundo principal fornecedor de petróleo bruto e gás natural. Relativamente a 2020, uma análise similar mostra que “mais de três quartos das importações de gás natural da União Europeia vieram da Rússia (43%), Noruega (21%), Argélia (8%) e Qatar (5%), enquanto que mais de metade de combustível sólido (principalmente carvão) provenientes da Rússia (54%), Estados Unidos (16%) e Austrália (14%)”. Em 2020, e segundo esta infografia do Eurostat, o gás natural importado por Portugal tinha origem maioritária na Nigéria, seguida pelos Estados Unidos e só depois pela Rússia. O cenário é parecido para países como a Alemanha, a França e a Itália, onde a Rússia estava pelo menos nas três primeiras posições de fornecedores de gás natural em 2020. Em suma, os dados destacados na publicação em análise estão desatualizados. Além disso, o autor confunde a União Europeia com a Europa. __________________________________ Avaliação do Polígrafo:
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