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  • Está a circular nas redes sociais um alegado anúncio do National Health Service (NHS na sigla em inglês, equivalente ao Serviço Nacional de Saúde) que alerta que as vacinas contra a Covid-19 causam Paralisia de Bell. Mas o cartaz é falso: não foi feito nem autorizado pelas autoridades de saúde britânicas. A informação é confirmada ao Observador pelo Departamento de Saúde e Assistência Social (DHSC) do Reino Unido. Além disso, as autoridades de saúde garantem que, até ao momento, não foi encontrado nenhum caso de ligação direta entre a administração das vacinas e o surgimento de casos de Paralisia de Bell. O cartaz de rua inclui o logótipo oficial do NHS e a fotografia de uma rapariga com paralisia facial. Em destaque, pode ler-se “Aviso de Saúde Pública” e, por baixo, é indicado que “a vacina contra a Covid-19 causa Paralisia de Bell”. A Paralisia de Bell consiste “na incapacidade temporária de mover um dos lados da face”, como explica a CUF. “O lado do nervo afetado ‘descai’, dando origem a um sorriso unilateral, assimétrico e com dificuldade em encerrar o olho”, acrescenta a rede de hospitais e clínicas. A imagem tem sido partilhada no Facebook por utilizadores um pouco por todo o mundo, incluindo em Portugal. Neste caso, um utilizador de Facebook português partilha um post com mensagens em francês, que indicam: “Os cidadãos compraram espaços de publicidade para alertar para os efeitos secundários (da vacina contra a Covid-19)”. “Na foto, é possível ver uma vítima da vacina contra a Covid-19 afetada pela Paralisia de Bell”. Nas hashtags, pode ainda ler-se “genocídio”. Outros utilizadores de redes sociais acrescentam que o anúncio foi colocado perto do aeroporto de Heathrow, em Londres. Mas o cartaz não é oficial e não foi autorizado, emitido ou colocado pelas autoridades de saúde britânicas. Não se trata de um poster nem mensagem autorizados pelo governo e o logótipo do NHS foi autorizado sem o nosso conhecimento e autorização”, esclarece ao Observador um porta-voz do Departamento de Saúde e Assistência Social (DHSC). O DHSC é a entidade que supervisiona as autoridades de saúde como o serviço nacional de saúde britânico. “Este tipo de desinformação em torno das vacinas é perigoso e custa vidas. As provas são evidentes: as vacinas são seguras, eficazes e são a melhor defesa contra a Covid-19”, acrescenta a resposta enviada por e-mail ao Observador. O cartaz também não aparece em nenhum site oficial do NHS: seja na página dedicada à Covid-19, seja na área dedicada às notícias ou no Twitter oficial deste sistema de saúde. A fotografia utilizada no cartaz pode ser encontrada em bancos de imagens online disponíveis aqui e aqui. Em nenhum dos casos, na descrição da fotografia, é feita qualquer referência a um eventual efeito secundário das vacinas. Acresce que não há, atualmente, estudos que apontem para uma relação direta entre as vacinas contra a Covid-19 e a Paralisia de Bell. Durante a fase de ensaios da vacina da Pfizer-BioNtech, o regulador norte-americano do medicamento deu conta de quatro casos da condição (em 43 mil participantes). Situação semelhante ocorreu na fase de ensaios da vacina da Moderna, também com quatro casos reportados (em 30.000 participantes). Contudo, o Centro de Prevenção e Controlo de Doenças dos Estados Unidos afirmou que “os dados disponíveis eram insuficientes para a FDA (regulador norte-americano do medicamento) concluir que estes casos estavam relacionados com a vacinação”. Um estudo publicado este mês na revista científica The Lancet, intitulado “A associação entre a vacinação contra a Covid-19 e a Paralisia de Bell”, também afirma que não há provas concretas ou uma ligação clara entre os fármacos e a doença. Conclusão O cartaz de rua que afirma que as vacinas contra a Covid-19 causam Paralisia de Bell não é autêntico: o Departamento de Saúde e Assistência Social (DHSC) do Reino Unido esclarece ao Observador que o anúncio não foi autorizado e que o logótipo do Serviço Nacional de Saúde britânico foi utilizado sem consentimento. A entidade fala ainda em “desinformação”. Acresce que as autoridades de saúde não registam, até ao momento, nenhum caso claro de ligação direta entre a administração da vacina contra a Covid-19 e o surgimento de um caso de Paralisia de Bell. Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é: ERRADO No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é: FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos. NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook
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