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  • O vídeo mostra como um farmacêutico francês consegue obter um teste positivo à Covid-19 ao utilizar uma amostra da bebida Coca-Cola. Na descrição é transmitida a ideia de que este vídeo está a ser silenciado e que “o farmacêutico também sofreu graves consequências”. Assim se alega que os testes de antigénio não são fiáveis. O equipamento utilizado é um teste de antigénio Covid-Viro, produzido pela empresa francesa AAZ. Em declarações à AFP, o gerente da empresa, Fabien Larue, afirma que o vídeo não coloca em causa a fiabilidade dos testes produzidos pela AAZ, nem os testes de antigénio no geral, uma vez que “a acidez do líquido [a Coca-Cola] degrada o teste, destrói os seus componentes e é essa acidez que vai induzir a reação inespecífica que vemos. Pode colocar sumo de limão, um produto de limpeza, todas as soluções ácidas vão fazer a mesma coisa, estragam o teste“. A realização correta do teste inclui a passagem da amostra biológica – ou qualquer outro componente que se queira testar – por um reagente de solução tampão, uma mistura aquosa que é capaz de resistir a mudanças de pH e que irá colocar a amostra com um pH alcalino (entre 7,4 e 8,4). “O teste deve ser realizado imperativamente com um reagente de extração que vem no kit e é essencial”, sublinha o gerente da empresa. Ora, isso não acontece na experiência registada no vídeo. Questionado pelo Polígrafo, Germano Sousa, antigo bastonário da Ordem dos Médicos e fundador do Centro de Medicina Laboral Germano de Sousa, aponta no mesmo sentido, indicando que a acidez da amostra terá destruído o teste – o pH da Coca-Cola é de 2,5, é ácido. “Um líquido com um pH ácido faz com que se quebre a ligação de muitas das partículas de oiro coloidal e as que ficam livres desta ligação migram por capilaridade e podem ligar-se de novo aos anticorpos fixados na linha de teste tornando-a vermelha, originando um falso positivo”, esclarece. Este não é a primeira vez que os testes de antigénio são postos à prova com amostras de Coca-Cola. O Polígrafo já analisou um outro vídeo em que o político austríaco Michael Schnedlitz, pertencente ao partido de extrema-direita FPÖ, realizou um teste similar durante uma sessão parlamentar. O objetivo era mostrar que não é possível confiar nos resultados apresentados por estes equipamentos. No teste realizado pelo deputado, a amostra de Coca-Cola não foi passada pela solução tampão, à semelhança do que acontece no vídeo do farmacêutico francês. Para ajudar a perceber se a Coca-Cola realmente testa positivo à Covid-19, Germano Sousa realizou uma experiência com 16 testes, utilizando dispositivos de dois fabricantes diferentes – oito de cada um. Em metade dos testes, o investigador colocou a Coca-Cola diretamente no orifício para a amostra, como fizeram o deputado austríaco e o farmacêutico francês, e nos restantes seguiu os procedimentos corretos para a realização do teste, ou seja, passou a amostra pela solução tampão antes de a testar. Esta experiência revelou que as amostras que foram passadas pela solução tampão originaram resultados negativos, como era suposto. Nos testes onde não foi realizado este passo, a acidez da amostra gerou um falso positivo. Farmacêutico realizou o vídeo como uma brincadeira O farmacêutico francês que protagoniza o vídeo entrou em contacto com a AFP, após a publicação de um artigo de verificação de factos que desmentia a validade de tal experiência, tendo justificado que o teste feito à Coca-Cola não passava de uma brincadeira. “Estávamos a brincar entre amigos. Eu fiz [o vídeo] porque muitos pacientes me diziam que ‘sim, parece que nós bebemos Coca-Cola e ficamos com Covid-19′”, explicou o farmacêutico, pedindo para não ser identificado. “Fiz o teste e mandei para um grupo e depois mandaram para os amigos deles”, afirmou, criticando a utilização do vídeo como argumento para teorias de conspiração relacionadas com a Covid-19. “Coisas contra as quais estou a lutar e agora sou o porta-voz. É horrível, estou completamente arrasado”, lamentou. __________________________________________ Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social. Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é: Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos. Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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