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| - Tem sido também habitual a partilha de conteúdos relacionados com explosões um pouco por toda a Ucrânia, à medida que as tropas lideradas por Vladimir Putin vão avançando no terreno. Um desses conteúdos, partilhados via Facebook, mostra uma grande explosão no caminho de uma estrada, sem automóveis. A publicação não tem qualquer texto associado, tendo apenas hashtags relacionadas com a guerra que eclodiu na última semana no leste da Europa. Trata-se, no entanto, de uma publicação enganadora.
É que o vídeo em questão, utilizando as ferramentas de identificação da origem como Google Images, foi filmado em setembro de 2017, como descobriu a agência Reuters. Pertence, de facto, a uma base militar em Kalynka na Ucrânia. E, sim, a explosão ocorreu mesmo.
Novamente, a agência Reuters, através do fotógrafo Gleb Garanich, registou o momento da explosão há cinco anos. Em causa estaria o lançamento de vários rockets direccionados para a base militar de Kalynivka.
Tratando-se de um vídeo, o mais correto é verificá-lo com conteúdo semelhante. Tanto o site da Radio Free Europe, que partilhou as mesmas imagens no dia 27 de setembro de 2017, também o jornal britânico The Guardian o fez. No texto da rádio que acompanha as filmagens, pode ler-se que os “líderes ucranianos dizem que houve sabotagem por detrás das explosões massivas no armazém de armamento”. A publicação original foi entretanto verificada pela agência Reuters, considerando-a como falsa.
Conclusão
Não é a primeira vez, nem será certamente a última que surgem vídeos de explosões ligadas à guerra na Ucrânia. Ainda assim, alguns não são de agora, como aquele que foi partilhado no Facebook de um armazém de uma base militar em Kalynivka. As imagens são de 2017 como verificaram vários órgãos de comunicação social como o jornal britânico The Guardian ou a agência Reuters.
Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é:
ERRADO
No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é:
FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook
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