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  • Uma das teorias utilizadas para negar o aquecimento global prende-se com a ideia de que os oceanos estão a ficar mais quentes devido ao “grande número de vulcões submarinos que estão a entrar em erupção”. Esta tese é partilhada num post do Facebook, partilhado em março deste ano, cujo autor defende que o aquecimento global, da forma como está a ser propagado “pelos media e pelos governos mundiais”, é “um grande embuste”. Segundo o que se escreve na publicação, “tudo isto está ligado diretamente com as profecias do tempo do fim” e com a “a justiça do Altíssimo”. No entanto, esta teoria é totalmente falsa. Em entrevista ao Polígrafo, a investigadora do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) Isabel Iglesias Fernández explica que os vulcões submarinos existem há “milhões de anos” e que, embora nos pareçam muito grandes, “têm um efeito muito local, dada a quantidade de litros de água que constituem o oceano”. Além disso, sublinha, “o oceano mexe-se devagar”, o que não permite que o calor libertado pela erupção de um vulcão submarino aqueça todo o oceano. Segundo a especialista, “o verdadeiro motivo do aquecimento dos oceanos são as alterações climáticas” relacionadas com o aumento da emissão de gases com efeitos de estufa provocado pela ação humana. “Os oceanos estão a aquecer devido ao aumento geral da temperatura da Terra. Os nossos oceanos, devido às suas características, absorvem esta energia que fica a pairar entre a atmosfera e o oceano. Quanto mais energia houver na atmosfera, mais energia é absorvida pelos oceanos. Então, pouco a pouco, vão aquecendo”, sustenta. Os vulcões submarinos existem há “milhões de anos” e, embora nos pareçam muito grandes, “têm um efeito muito local, dada a quantidade de litros de água que constituem o oceano”. Além disso, “o oceano mexe-se devagar”, o que não permite que o calor libertado pela erupção de um vulcão submarino aqueça todo o oceano. No mesmo sentido, tal como revela o relatório “Estado do Clima Global em 2021” publicado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), ao citar o Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC), “é inequívoco que a influência humana aqueceu a atmosfera, oceano e o solo, e que é extremamente provável que a influência humana tenha sido a principal causa do aumento do calor oceânico observado desde a década de 1970”. Além de mais quentes, os oceanos estão também a ficar mais ácidos. Um relatório do IPCC, publicado em 2019, considera muito provável que o oceano tenha absorvido “entre 20% a 30% do total de emissões antrópicas (resultantes da ação humana) de CO2 desde os anos 1980, o que causou uma acidificação do oceano adicional”, o que constitui uma ameaça para os ecossistemas, para a segurança alimentar e para o turismo. Em suma, o aquecimento dos oceanos não se deve ao “grande número de vulcões submarinos” em erupção, mas sim ao aquecimento global e às alterações climáticas. ___________________________________ Este artigo foi desenvolvido no âmbito do European Media and Information Fund, uma iniciativa da Fundação Calouste Gulbenkian e do European University Institute. The sole responsibility for any content supported by the European Media and Information Fund lies with the author(s) and it may not necessarily reflect the positions of the EMIF and the Fund Partners, the Calouste Gulbenkian Foundation and the European University Institute.
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