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  • Um texto que cita um suposto professor japonês, chamado Yamamoto, está a circular nas redes sociais e conta como os docentes são alegadamente tratados no Japão, dizendo-se que, ao invés de haver um Dia do Professor, o país tem regras específicas para beneficiar os educadores, desde logo “lugares reservados” no metro. Mas será mesmo verdade que os professores têm estes privilégios? A resposta é simples: não. Apesar de o texto contar, alegadamente, a experiência de uma pessoa que viveu no Japão e que tem conhecimento destas situações, não há veracidade nos factos — aliás, há vários mitos sobre os professores no Japão, em particular sobre o facto de esta classe não ser obrigada a fazer uma vénia ao imperador, o que é mentira. Uma breve pesquisa desconstrói a base de todo o texto: o Japão homenageia os professores num dia específico. O dia 5 de outubro foi proclamado pela UNESCO, em 1994, como o Dia Mundial dos Professores e o Japão é um dos países que também instituiu esse dia. Em Portugal acontece exatamente o mesmo, mas, a título de exemplo, o Brasil celebra a 15 de outubro. No Japão, mais do que o Dia do Professor, celebra-se mesmo a Semana dos Professores de 1 a 5 de outubro, um evento que culmina naquele que é celebrado como o dia dos docentes. O objetivo dessa semana é homenagear os educadores através de vários eventos específicos e que podem mudar de ano para ano. Contactada pelo Observador, fonte da embaixada do Japão em Portugal contraria a tese por completo: “Não é verdade que haja um privilégio para os professores e que estes tenham lugares exclusivos nos transportes, isso não existe no Japão.” E também na lei de bases da Educação do Japão não existe qualquer referência do género. Na parte dedicada aos professores é apenas referido que, tendo a conta a importância da profissão, deve haver um “tratamento justo e adequado”, nomeadamente para que seja melhorada a educação e formação dos docentes. E nem uma palavra sobre os tais direitos em transportes. Além disso, em órgãos de comunicação fidedignos não há qualquer referência a prioridades específicas para professores, seja em lojas, seja em transportes públicos e na pesquisa feita pelo Observador nos sites destes transportes (comboios, metro e autocarro) não há qualquer referência específica sobre professores. Aliás, num site escrito em inglês e citado por várias fontes credíveis, criado por Josh Grisdale, um cidadão com mobilidade reduzida, são explicadas todas as prioridades existentes nos transportes públicos no Japão e são zero as referências à palavra professor. Nesse site realça-se que até à década 90 os lugares prioritários eram apenas destinados a idosos e pessoas com deficiência e após essa data foram incluídas pessoas com mobilidade reduzida temporária (a usar canadianas, por exemplo), mas também grávidas e crianças — o mesmo que acontece em Portugal. Apesar de a carreira de professor no Japão ser bastante valorizada, o Japan Today escrevia, em maio deste ano, que a profissão “outrora nobre e atraente” será nos dias de hoje mais sombria, com “condições de trabalho próximas à escravidão“. Na reportagem dedicada ao estado do ensino no Japão, com o foco nos docentes, o jornal destacava as “longas horas” de trabalho, o “baixo salário” a “pressão de cima e de baixo”. A questão impunha-se: “Quem quer ser professor? Cada vez menos pessoas.” Conclusão Os professores japoneses não têm lugares prioritários em transportes públicos como é sugerido na publicação em causa. A embaixada do Japão em Lisboa explicou ao Observador que esse tipo de benefícios não existe. Também a informação de que o Dia do Professor não se celebra naquele país é falsa, sendo essa a premissa principal de todo o texto — a ideia de que os professores são tão valorizados que não precisam de ter um dia dedicado. Portanto, as informações divulgadas são falsas, celebra-se o Dia do Professor no Japão e não há lugares reservados para professores nos transportes. Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é: ERRADO No sistema de classificação do k este conteúdo é: FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos. NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.
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