schema:text
| - No debate televisivo que a opôs a Rui Rio na TVI, a líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, colocou um enfoque muito especial nas questões relativas à saúde – e, nesse domínio, no que se refere às Parcerias Público Privadas, um modelo de gestão de hospitais públicos com o qual a bloquista frontalmente discorda.
“(…) Temos os hospitais de Cascais e Loures, PPP, a serem investigados precisamente por manipularem indicadores, ou seja, é uma má ideia do ponto de vista do princípio e ruinosa para o SNS”, afirmou Catarina Martins.
Mas será que aqueles dois hospitais estão mesmo a ser investigados pela prática daquela ilegalidade, como afiançou a dirigente do BE?
Na verdade, apenas o Hospital de Cascais está a ser alvo de investigação pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde e pelo Ministério Público pela alegada manipulação de indicadores. Ou seja, Catarina Martins – que não quis comentar o caso ao Polígrafo – faltou à verdade.
A situação, logo desmentida pela administração daquela unidade hospitalar, foi denunciada no passado mês de maio numa reportagem da SIC em que um grupo de antigos e atuais profissionais do Hospital de Cascais acusou a administração de falsear resultados clínicos e algoritmos do sistema de triagem da urgência para aumentar as receitas que são pagas à parceria público-privada gerida pelo Grupo Lusíadas.
Quando a notícia da SIC foi revelada, as reações foram numerosas. O bastonário da Ordem dos Médicos, por exemplo, defendeu que o caso fosse levado “até às últimas consequências”. “Isto tem de ser investigado e corrigido imediatamente. E as pessoas têm de começar a ser responsáveis pelo que fazem. A ser confirmado aquilo que ontem foi passado na reportagem, não basta depois apontar recomendações e medidas corretivas. Isso é pouco”, afirmou Miguel Guimarães à Rádio Renascença.
Avaliação do Polígrafo:
|