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| - Não é verdade que o presidente Lula afirmou que há donativos em excesso para o Rio Grande do Sul e que por isso as doações devem ser interrompidas, como fazem crer publicações enganosas nas redes sociais. Um vídeo no qual Lula afirma que há muitos donativos chegando ao estado vem sendo compartilhado sem contexto por peças de desinformação. No vídeo completo, Lula diz apenas que há necessidade de coordenar a distribuição para atender às necessidades da população gaúcha.
Publicações com o conteúdo enganoso acumulavam centenas de curtidas no Instagram até a tarde desta segunda-feira (27). As peças enganosas também acumulavam milhares de visualizações no Kwai.
Lula diz: Chega de doação para o Sul
Posts nas redes têm compartilhado um vídeo editado para fazer crer que Lula pediu para interromper as doações para o Rio Grande do Sul, pois já haveria excesso de donativos para as vítimas das enchentes. Isso é falso.
No discurso original feito durante uma reunião entre Lula, ministros e prefeitos sobre a crise no Rio Grande do Sul, em 17 de maio, o presidente disse apenas que havia necessidade de coordenar as distribuições das doações para que o governo federal não fosse acusado de não entregar os donativos. Em nenhum momento Lula pede que as doações sejam interrompidas, tampouco reclama da quantidade de donativos.
“Da minha parte, eu quero, Pimenta, dizer que eu estou muito feliz com o trabalho que você já conseguiu fazer em 24 horas que você ficou aí. Quarenta e oito horas, na verdade. Porque é extremamente importante que a gente tenha alguém que ajude a fazer as coisas funcionarem. Ou seja, é muita doação, é muita coisa que chega, é muita gente oferecendo. E se a gente não tiver uma coordenação eficaz, daqui a pouco aparece um monte de coisa em algum lugar estocado e vão dizer que não foi distribuído e vão dizer que ninguém recebeu”, disse Lula.
Dois dias antes, o então ministro da Secom, Paulo Pimenta (PT), foi nomeado ministro da Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul. O objetivo do cargo é coordenar as ações em prol do estado gaúcho, como garantir que as doações sejam distribuídas de maneira adequada, o que foi dito na sequência por Lula.
“O que nós queremos é cadastrar da forma mais eficaz possível as necessidades do atendimento das pessoas. Eu acho que vocês, prefeitos e prefeitas do Rio Grande do Sul, têm noção de que enquanto essa água não for embora, a gente não tem a certeza do que aconteceu de verdade, do estrago que aconteceu em cada cidade”, completou o presidente.
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