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  • A Europa está em alerta máximo: milhões de pessoas em quarentena, milhares de infetados, um sem fim de medidas preventivas, entre elas a redução das deslocações ao estrangeiro às estritamente necessárias, tudo por causa do surto de coronavírus. Ora, foi no meio deste cenário, muitas vezes caótico e de aparência apocalíptica, que a Flybe entrou em insolvência, no dia 4 de março. O assunto chegou à imprensa internacional nas primeiras horas do dia seguinte e os títulos das notícias, também em Portugal, parecem não deixar margem para dúvidas: “Companhia britânica Flybe é a primeira a ir à falência por causa do coronavírus“; “Flybe deixa de voar e abre falência na sequência do coronavírus“. Um dos subtítulos das notícias em causa dá mais pormenores sobre o acontecimento: “Era a maior companhia regional europeia. A crise está ainda a obrigar a Finnair (companhia da Finlândia) a negociar licenças sem vencimento dos trabalhadores e a TAP já suspendeu voos”. Posto isto, e tendo em conta o rasto de fragilidade na economia que o vírus está a deixar, é natural que o leitor fique com a ideia de que esta é apenas a primeira peça de um dominó gigante que está à beira de desmoronar e de colocar em recessão a economia de muitos países, na Europa e no mundo. Porém, neste caso específico, a realidade não é exatamente aquela que é espelhada pelos títulos das notícias. Em bom rigor, os problemas financeiros da Flybe já assombravam a companhia há praticamente 10 anos, de acordo com um analista do banco HSBC, citado pela BBC, televisão pública britânica, que garante que a empresa com sede em Exeter “lutou durante um bom tempo” antes do colapso. Aliás, o próprio Governo britânico pronunciou-se sobre o encerramento das operações, deixando claro que “as dificuldades financeiras da Flybe eram antigas e bem documentadas e anteriores ao surto de Covid-19″. A BBC tem feito uma extensa cobertura do caso e, num dos artigos publicados, elenca os fatores que, na realidade, levaram à degradação da saúde financeira e operacional da companhia aérea, ao longo dos anos. Entre eles constam a compra de aviões numa quantidade desajustada às necessidades da empresa, ou seja, em excesso; os elevados custos com impostos pagos ao Estado por cada passageiro transportado, na medida em que, ao contrário da maior parte das companhias que fazem voos internacionais, estas taxas tinham que ser pagas por cada descolagem e aterragem, pois a empresa opera, sobretudo, voos domésticos; na equação do colapso é preciso considerar, também, o impacto que as tempestades das últimas semanas no Reino Unido tiveram na operação aérea, e o abrandamento do consumo e o aumento dos custos com combustível, ambos provocados pelo Brexit. A BBC relata também que, na última década, a companhia já tinha estado à beira da ruptura por três vezes, tendo sido salva pela última vez há um ano, quando foi comprada por um consórcio de três empresas, entre as quais estava a companhia Virgin Atlantic. Ainda assim, é verdade que o surto de coronavírus teve responsabilidade na extinção da companhia, porque causou fortes quebras nas vendas de bilhetes. Contudo, a pandemia não pode ser vista como o motivo principal para a extinção da Flybe, mas apenas como a machadada final que ditou o encerramento da empresa que ligava, através do ar, muitos aeroportos regionais no Reino Unido. De uma forma geral, na cobertura que tem sido feita em Portugal, a imprensa não omite o histórico pouco afortunado da Flybe, mas só o apresenta vários parágrafos depois do início do texto, parte a que, muitas vezes, quem se cruza com a notícia já não chega. A Flybe existia há 41 anos, tinha uma frota de cerca de 60 aviões, empregava duas mil pessoas e transportava oito milhões de passageiros por ano. A suspensão das operações apanhou clientes e tripulações de surpresa que, em muitos casos, só tomaram conhecimento do que se estava a passar quando chegaram aos aeroportos, ou para viajar, ou para trabalhar. Fortemente prejudicados pela falência estão também muitos aeroportos britânicos. Por exemplo, em Southampton, 90% dos voos eram operados pela Flybe. O aeroporto registava cerca de 50 descolagens por dia, agora assiste a menos de uma dezena. Avaliação do Polígrafo:
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