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| - Questionado pelo Polígrafo, João Júlio Cerqueira, médico especialista em Medicina Geral e Familiar, indica que “são várias as fontes de onde tal argumento tem surgido, ao longo dos últimos meses”, mas sublinha que essa alegação já foi desmentida em várias ocasiões e publicações.
Segundo Cerqueira, “utilizar máscara, pelo contrário, diminui o risco de todo o tipo de doenças respiratórias, incluindo pneumonias”.
O médico especialista reconhece que “existe um estudo sobre máscaras de tecido que demonstrou aumentar o risco de infeções respiratórias em contexto hospitalar“. No entanto, justifica-se “o mau desempenho das máscaras” pelo facto de estas não serem lavadas com a frequência necessária ou de forma eficaz. “Não é aconselhável que se utilizem máscaras húmidas, se a máscara de tecido ficar húmida, deve ser substituída“,
Em junho de 2020, um artigo de verificação de factos da Associated Press classificou como falsa a alegação de que a utilização de máscara pode provocar pneumonia bacteriana ou fúngica. No referido artigo, David Hammer, especialista em doenças infeciosas e professor da Universidade de Saúde e Medicina Global de Boston, explicou que “em teoria, uma infeção bacteriana só se poderia desenvolver se for usada uma máscara contaminada com humidade que produza bolor“.
Ou seja, “apesar de teoricamente ser possível a infeção ocorrer desta forma, é altamente improvável que esta possa ocorrer com uma utilização correta da máscara“, concluiu Hammer.
No dia 5 de junho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou que “para prevenir efetivamente a propagação da Covid-19 em áreas com transmissão comunitária, os governos devem incentivar o público a usar máscaras em situações e configurações específicas, como parte de uma abordagem abrangente para travar a transmissão do vírus SARS-CoV-2“.
No seguimento dessa recomendação, a OMS divulgou uma lista atualizada de regras e recomendações relacionadas com a utilização de máscaras, nomeadamente a troca regular e a lavagem frequente de máscaras descartáveis.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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