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| - Logo após a detenção de Julian Assange, 47 anos, na Embaixada do Equador em Londres, começaram a circular na internet milhares de documentos constantes do arquivo da Wikileaks. Entre eles, encontram-se dados secretos de governos e empresas de inúmeros países. Algumas notícias garantem que se trata de uma retaliação da organização criada pelo australiano, mas a Wikileaks já desmentiu que assim seja através de uma publicação no Twitter, assegurando que aquele ficheiro está há muitos anos disponível.
De qualquer modo, a verdade é que os documentos ganharam uma nova vida. Entre eles, estão dois relatórios médicos que indicam que Steve Jobs, o fundador da Apple, morto em 2011, era seropositivo, tendo sido essa a verdadeira causa de morte do empresário – causa que terá sido encoberta por si e pelos seus advogados para impedir a desvalorização da empresa.
Desde que foi divulgada, a imagem dos exames viralizou por todo o mundo – Portugal incluído. Mas será que os documentos são verdadeiros?
A resposta já foi dada pela própria Wikileaks em 2011, no ano em que estas imagens começaram a circular pela segunda vez – a primeira foi em 2009. Nessa ocasião, a organização liderada por Assange publicou os documentos e, na sua página na rede social Twitter, colocou um link para uma página na internet em que revela o resultado das suas investigações aos relatórios em causa. E o que concluiu foi o que se segue:
- O relatório da empresa SxCheck está datado de 1 de Setembro de 2004. Porém, a SxCheck só foi fundada em 2006.
- Quanto à segunda imagem, um relatório do California Pacific Medical Center, em que Steve Jobs autoriza a realização de exames ao HIV, há várias desconformidades relativamente à norma nestes casos. A maior delas é o facto de a assinatura do empresário estar bem distante daquela que lhe é conhecida.
[twitter url=”https://twitter.com/wikileaks/status/121738677910122496?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E121738677910122496&ref_url=http%3A%2F%2Fwww.e-farsas.com%2Fexames-de-hiv-vazados-pelo-wikileaks-provam-que-steve-jobs-era-soropositivo.html”/]
Quando morreu, Steve Jobs tinha 56 anos e lutava há muito tempo contra um cancro do pâncreas, depois de ter superado um tumor no fígado. Renunciou ao cargo de director-executivo da Apple a 24 de Agosto, por não se sentir em condições físicas para continuar a comandar a empresa onde nasceram o Macintosh, o iPad ou o iPhone.
Actualização: na sequência de solicitações de alguns leitores, este artigo foi editado às 23h04 com a inclusão da informação segundo a qual, ao contrário do que é a percepção geral, não estamos perante uma retaliação da Wikileaks à prisão de Julian Assange. Embora se trate de um dado acessório no artigo – que aborda a veracidade dos relatórios médicos de Steve Jobs – considerámos importante corrigir esta informação. A avaliação mantém-se inalterada.
Avaliação do Polígrafo:
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