schema:text
| - São muitas coisas a acontecer ao mesmo tempo na Grã-Bretanha, todas elas ligadas: a moção de censura a Theresa May, primeira-ministra, que hoje ao final da tarde se vota no Parlamento, a aprovação do acordo com a União Europeia sobre o Brexit e, finalmente, as futuras eleições gerais em Inglaterra – que dependem fortemente do que acontecer hoje.
Segundo as últimas projeções, Theresa deverá sobreviver (precisa apenas de 158 votos, sendo que o Partido Conservador tem 315 deputados) à moção de censura lançada pelo seu próprio partido, descontente com o acordo alcançado em Bruxelas sobre o Brexit, que May quer sujeitar a votos na Câmara dos Comuns – um objetivo que estava previsto concretizar-se esta semana, mas que entretanto foi adiado pela conservadora por causa das fortíssimas possibilidades de este ser rejeitado, lançando a Inglaterra numa crise institucional profunda.
Para piorar um cenário por si só complicado, começou a circular na internet um documento segundo o qual May também pretende cancelar as próximas eleições gerais. Motivo: segundo o site News Thump, porque está convencida de que não pode ganhá-las. Eis o texto:
“Theresa May tomou o passo sem precedentes de cancelar a próxima eleição geral depois de constatar que não possui apoio suficiente para ganhar a votação (…) Uma fonte de Whitehall afirmou: “Nós analisámos os números e (…) as chances de Theresa retornar como Primeira-Ministra são tão pequenas pequenas que decidimos cancelar tudo…”
A notícia é, porém, falsa. O site norte-americano de fact-checking Snopes verificou a informação e descobriu que o órgão que a veiculou – O News Thump – dedica-se à publicação de informação satírica e falsificada. Aliás, são os próprios que o assumem na própria plataforma: “Não temos medo de negligenciar alguns passos, como verificar factos ou confrontar fontes, e nunca deixamos a verdade arruinar uma história engraçada.”
Avaliação do Polígrafo:
|