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| - “Coronavírus. Café pode ajudar na prevenção do vírus. O consumo de café pode diminuir o risco pois é uma substância muito rica em antioxidantes e minerais que ajudam a evitar a degradação e alteração das células evitando que o vírus entre no corpo humano“, destaca-se na publicação em causa.
Confirma-se?
A imagem que tem sido partilhada nas redes sociais aponta para uma suposta notícia do G1, portal de notícias brasileiro pertencente ao Grupo Globo. Contudo, a notícia original data de 2018 e não tem qualquer relação com o novo coronavírus SARS-CoV-2 surgido no final de 2019.
Na notícia original indica-se que o café é uma substância que pode ajudar a prevenir um conjunto alargado de doenças.
O café tem sido objeto de múltiplos estudos científicos e alguns deles associam o seu consumo a uma maior longevidade. De acordo com um estudo publicado em 2015, na revista científica “Circulation”, o consumo de café pode reduzir entre 8% a 15% o risco de morte. Noutro estudo científico indica-se que a substância pode prevenir diversas doenças crónicas, tais como diabetes tipo 2, doença de Parkinson e doença hepática (como a cirrose e o carcinoma hepatocelular).
Por outro lado, não há qualquer evidência científica de que a cafeína surta qualquer tipo de efeito sobre a doença causada pelo novo coronavírus. A ideia de que possam existir alimentos que fortaleçam o sistema imunitário tem sido amplamente difundida nas redes sociais, mas não é correta. António Vaz Carneiro, médico especialista em Medicina Interna, explicou ao Polígrafo que “o sistema imunitário é estável na maior parte dos doentes, a não ser que este tenha alguma doença que o diminua. É habitualmente muito eficaz e não precisamos de o estimular. Temos toda a capacidade na nossa medula óssea de gerar os anticorpos necessários para o nosso dia-a-dia”.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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