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| - É um dos posts mais partilhados no Facebook nos últimos dias: supostamente Marcelo Rebelo de Sousa teria movido influências políticas durante o passado mês de Janeiro no sentido de, face à pandemia de Covid-19 que então abundantemente se expandia na China, trazer as suas netas em segurança para Portugal – e que para isso não terá olhado a meios. Diz o texto:
“Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República de Portugal, confessou hoje que os seus netos estavam na China quando o vírus tomou a população daquele país. “Apenas sei do que se passou na China, pelo que os meus netos me contaram”. Nunca tendo referido que em Janeiro de 2020 o falcon da Força Aérea portuguesa foi resgatar os seus netinhos à China”.
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Disseminado até à exaustão no Facebook, este post reproduz informações falsas.
O Polígrafo contactou a Presidência da República, que através de fonte oficial confirmou que efetivamente Marcelo Rebelo de Sousa tem três netas que vivem em solo chinês. Descendem do filho do seu primeiro (e único) casamento e estudam na cidade de Shenzhen, com cerca de 12 milhões de habitantes, considerada a próxima “meca da inovação” mundial pela sua economia crescente, muito alicerçada nas novas tecnologias.
Ainda de acordo com a mesma fonte oficial, a dada altura as crianças começaram a estranhar quando lhes começaram a medir a temperatura à entrada e à saída da escola. A epidemia estava a alastrar perigosamente e as autoridades sanitárias impuseram medidas preventivas muito fortes à entrada de todos os estabelecimentos onde se geravam aglomerações populacionais.
Entretanto, com a chegada da comemoração do Ano Novo chinês – que em 2020 foi o Ano do Rato e se celebrou a 25 de Janeiro – as aulas foram interrompidas e as netas de Marcelo aproveitaram para se deslocarem a Portugal para passarem alguns dias em família, tendo-se feito transportar para o efeito num voo comercial.
Com a evolução dramática da Covid-19 na China e posterior expansão mundial, a família do Presidente da República considerou prudente que as crianças permanecessem em território nacional até que estejam criadas as imprescindíveis condições de saúde pública para que regressem a solo chinês.
Avaliação do Polígrafo:
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