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| - Esta terça-feira, na TVI, Fernando Medina, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML) e candidato pela coligação “Mais Lisboa”, e Carlos Moedas, candidato pela coligação “Novos Tempos”, estiveram em debate. Um dos momentos de maior tensão entre os oponentes teve a ver com as palavras alegadamente proferidas por Carlos Moedas quando foi tornado público o caso do envio dos dados dos manifestantes anti-Putin, por parte da CML, à embaixada da Rússia.
“O Carlos Moedas (…) começou por me atacar dizendo que eu agia ao serviço de Putin. Está escrito. Quer ouvir a gravação? O Carlos Moedas tem uma característica, já se percebeu, que é a tentativa de ser camaleão. Diz a coisa num sítio, vira a cor para dizer outra no outro. Acusou-me de ser cúmplice de Putin”, criticou Fernando Medina.
Ao mesmo tempo que Medina se lamentava, Carlos Moedas repetia: “Isso não é verdade.”
O social-democrata afirmou ou não que Medina estava ao serviço de Putin?
No dia 9 de junho de 2021, num comunicado citado pelo Observador, Carlos Moedas sublinhou que “um país democrático e da UE [União Europeia] não pode ter um Presidente da Câmara da capital que é cúmplice de uma ditadura como a de Putin“, referiu o candidato da coligação “Novos Tempos”. Moedas pediu ainda que “a confirmar-se, Fernando Medina só tem uma saída: a demissão“.
Em declarações ao mesmo jornal, Moedas também disse que estávamos perante “um erro técnico”, mas também perante “um erro político e o Presidente da Câmara tem de assumir esse erro político. A incapacidade e a falta de gestão tem de ter consequências políticas”. “Se não assumir a responsabilidade política é porque é um político que não consegue assumir os seus erros”, concluiu.
Conclui-se que Fernando Medina extrapolou as palavras de Carlos Moedas. O candidato da coligação “Novos Tempos” não disse diretamente que Medina está ao serviço de Putin. O que afirmou foi que o Presidente da Câmara de Lisboa não pode ser “cúmplice de uma ditadura como a de Putin”.
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