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  • O tabagismo tem sido uma das preocupações das autoridades de saúde durante a pandemia provocada pelo novo Coronavirus. A Direção-Geral de Saúde (DGS) identificou os fumadores como um grupo mais suscetível de apanhar Covid-19 e de poder desenvolver formas mais agressivas da doença. No entanto, nos últimos tempos têm-se colocado, em Portugal e em vários quadrantes do mundo, a questão ao contrário. Será que os fumadores têm uma probabilidade acrescida de serem agentes ativos na propagação do vírus, nomeadamente em espaços abertos, que agora, na fase do desconfinamento, são novamente local de encontros e reencontros? Para responder a esta pergunta, o Polígrafo falou com especialistas da área do tabagismo. “Nós podemos só fazer especulações, porque, na verdade, o que nós sabemos é que o vírus é transmitido por gotículas e as pessoas que fumam têm maior propensão para emitir essas gotículas, não só pelo fumo do cigarro, mas também porque quem fuma tem, habitualmente, mais tosse”, explica ao Polígrafo Paula Rosa Aldomiro, coordenadora da Comissão de Tabagismo da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) e pneumologista no Hospital de Vila Franca de Xira. “Por outro lado, as novas formas de fumar – nomeadamente o cigarro eletrónico – têm emissão de vapor de água em partículas e a probabilidade de serem lançadas para a atmosfera gotículas contaminas com o vírus parece ser maior”, acrescenta. A propagação do vírus é feita, entre outras vias, pela inalação, por um indivíduo saudável, das gotículas que são expelidas pelo nariz e pela boca de um infetado. A distância social aconselhada pela DGS e pela Organização Mundial de Saúde é de pelo menos um metro, o espaço necessário para que as gotículas caiam no chão. No entanto, no ato de fumar, por vezes o ar é expelido com maior intensidade, podendo levar a um aumento da distância de propagação do vírus. “É possível que no fumo ou no vapor isso aconteça, sobretudo se a pessoa exalar o fumo com mais força, como às vezes os fumadores fazem. É possível que isso emita a uma distância maior”, esclarece José Pedro Boléo-Tomé, pneumologista no Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, em Lisboa, e especialista em tabagismo. “Isso não está propriamente medido, mas é muito plausível que seja verdade”, ressalva. Um fumador de 20 cigarros por dia coloca os dedos do cigarro na boca cerca de 300 vezes por dia. Também Paula Rosa Aldomiro confirma essa possibilidade: “Aquilo que nós podemos inferir é que se existe alguém que está a fumar e está a expelir para o ar partículas e gotículas que podem estar contaminadas, provavelmente aquela distância de segurança que está prevista poderá não ser suficiente.” A pneumologista ressalva que “ninguém consegue dizer isto com propriedade”, mas aponta a questão lógica como forma de concluir que é uma possibilidade a ter em conta. Em Espanha a Sociedade Espanhola de Pneumologia e Cirurgia Torácica, que reúne mais de 4.500 profissionais de saúde respiratória, emitiu uma recomendação que desaconselha o fumo em terraços e espaços públicos durante o período de desconfinamento, por considerar que são espaços em que o risco de contágio aumenta tanto para fumadores como para não fumadores. “ Não existem ainda estudos concretos sobre a transmissão do coronavírus pelo fumo do tabaco ou de outras formas tabágicas nem sobre a distância a que as partículas poderão chegar. “Existem algumas tentativas de estudo no sentido de perceber se isto pode ser verdade ou não, mas é um exercício de racionalidade”, sublinha Aldomiro acrescentando que “a probabilidade de ser um veículo de infeção é grande”. Como forma de prevenção e para evitar possíveis contágios –, os fumadores deverão optar por afastar-se das outras pessoas quando vão fumar, de forma a aumentar a distância de segurança que é recomendada pela DGS. “É possível que no fumo ou no vapor isso aconteça, sobretudo se a pessoa exalar o fumo com mais força, como às vezes os fumadores fazem. É possível que isso emita a uma distância maior”, esclarece José Pedro Boléo-Tomé, pneumologista no Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, em Lisboa, e especialista em tabagismo. “Isso não está propriamente medido, mas é muito plausível que seja verdade”, ressalva. Isso mesmo foi reconhecido em Espanha, onde a Sociedade Espanhola de Pneumologia e Cirurgia Torácica (SEPAR), que reúne mais de 4.500 profissionais de saúde respiratória, emitiu uma recomendação que desaconselha o fumo em terraços e espaços públicos durante o período de desconfinamento, por considerar que são espaços em que o risco de contágio aumenta tanto para fumadores como para não fumadores. “Ao fumar e exalar o fumo, são expelidas pequenas gotículas respiratórias que podem conter carga viral e ser altamente contagiosas”, afirmou Carlos A. Jiménez-Ruiz, pneumologista e presidente da SEPAR, ao site espanhol de verificação de factos Maldita.es. Não existem ainda estudos concretos sobre a transmissão do coronavírus pelo fumo do tabaco ou de outras formas tabágicas nem sobre a distância a que as partículas poderão chegar. “Existem algumas tentativas de estudo no sentido de perceber se isto pode ser verdade ou não, mas é um exercício de racionalidade”, sublinha Paula Rosa Aldomiro, coordenadora da Comissão de Tabagismo da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, que acrescenta: “A probabilidade de ser um veículo de infeção é grande”. O tabagismo tem sido apontado pelas autoridades de saúde como sendo um potencial factor para ou aumento da possibilidade de contrair Covir-19. Por isso os fumadores devem também ter alguns cuidados extra, nomeadamente na higienização das mãos. O ato de fumar implica levar a mão e o cigarro à boca, contrariando uma das recomendações da DGS. “O que nós ouvimos todos os dias é que devemos evitar pôr a mão na cara e na boca porque isso é um risco de infeção. As pessoas que fumam levam bastantes vezes a mão e o cigarro à boca. O cigarro também está contaminado com aquilo que temos na mão. Pela lógica podemos facilmente perceber que o cigarro obriga a fazer aquilo que está indicado que não façamos”, explica a coordenadora da comissão de tabagismo. Jiménez-Ruiz acrescenta, ao Maldita.es, que “um fumador de 20 cigarros por dia coloca os dedos do cigarro na boca cerca de 300 vezes por dia. Se adicionar a isso o número de vezes que toca no seu rosto por outros motivos, aumenta o risco. ” Avaliação do Polígrafo:
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