schema:text
| - A canção foi escrita em 1965 e o autor foi Otis Redding, que ficou mais conhecido como co-autor e intérprete do tema “(Sittin’ On) The Dock of the Bay”. Esta canção foi grava por Redding duas vezes, em 1967, uma delas dias antes de morrer num acidente de avião, em dezembro desse ano. Tinha 26 anos.
O disco só viria a ser editado no ano seguinte à sua morte, em 1968, e foi o primeiro single editado postumamente a atingir o primeiro posto da tabela de vendas nos EUA. Vendeu mais de um milhão de cópias, de acordo com a revista “Rolling Stone”, – algo que Redding também nunca tinha conseguido – e é a marca maior que deixou no seu escasso tempo de vida. Foi o primeiro número um póstumo e um dos poucos até aos dias de hoje. De acordo com o jornal “The New York Times” voltou a aconteceu com John Lennon, Janis Joplin e Notorious B.I.G.
Redding percebeu, desde o primeiro momento, que tinha escrito um êxito. Quando chegou a Memphis, em novembro de 1967, telefonou ao guitarrista Steve Cropper (co-autor do tema) antes de deixar o aeroporto. “O Otis normalmente instalava-se no Holiday Inn, ou noutro hotel qualquer, e só depois me ligava para vir ter comigo ao estúdio para começarmos a escrever”, disse Cropper à Rolling Stone.
Foi a sexta canção com mais airplay nas rádios e televisões dos EUA durante o século XX, atingiu a tripla platina e está no 26º posto das 500 melhores canções de sempre escolhidas pela “Rolling Stone”, sublinha o “The New York Times”.
Regressemos a “Respect”. A versão de Otis Redding, a primeira, a original e uma excelente canção, ficou-se pelo 35º posto as tabela de vendas, nos EUA. Seria Aretha Franklin, que pediu o tema “emprestado” a conseguir elevá-la ao patamar que merecia, na sua reintepretação de 1967. Esta é, de resto, a versão absoluta da canção. A voz, o coro, o rearranjo, o piano tocado pela própria Aretha na sua versão e, claro o seu carisma e emoção, levaram “Respect” para o território dos hits intemporais. Não só pela interpretação mas, também, por todo o simbolismo que a canção acabaria por encerrar, na versão de Aretha Franklin: a luta pelos direitos civis ou a afirmação dos direitos das mulheres nos EUA durante os anos 60.
Originalmente a canção tinha como território o relacionamento entre marido e mulher. E Otis exigia respeito à sua, no momento do regresso a casa. Uma visão demasiado machista vista hoje, mas assumida como “normal”, na época.
O respeito que Aretha exige não é bem esse. E o contexto político e social também é outro, sublinha o “The New York Times”: “A canção surgiu no verão de 1967. Surge no meio de uma situação de uma conturbação extrema que pareciam não ter fim – tumultos raciais, assassinatos políticos e a recruta de jovens americanos para a Guerra do Vietname. Foi este o ano em que Muhammad Ali perdeu o seu título de campeão por ser recusar a servir na guerra.”
“Respect” chegou, claro, ao número um da tabela Billboard, nos EUA e aos lugres cimeiros das vendas em vários países de diversos continentes.
Avaliação do Polígrafo:
|