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| - Não mostra o furacão Milton o vídeo viral nas redes que exibe cenas de um furacão atingindo uma área residencial. As gravações circulam desde setembro — antes, portanto, de o fenômeno atingir os Estados Unidos —, foram publicadas por um perfil especializado em imagens geradas por inteligência artificial e apresentam distorções comuns a esse tipo de conteúdo.
O vídeo com o falso contexto acumulava, até a tarde desta quinta-feira (10), mais de 2 milhões de visualizações no TikTok, além de centenas de compartilhamentos no Facebook e no X (ex-Twitter).
Maior tornado do mundo já visto
Publicações têm compartilhado um vídeo feito por meio de ferramentas de inteligência artificial como se mostrasse o furacão Milton, que atingiu o estado da Flórida, nos Estados Unidos, na última quarta-feira (9).
Por meio de busca reversa de imagens, Aos Fatos identificou que o vídeo circula nas redes desde setembro e foi publicado pelo perfil @disastervibes7, que viraliza no TikTok com vídeos de desastres feitos por IA.
O próprio vídeo apresenta distorções típicas de imagens feitas com esse tipo de ferramenta (veja abaixo):
- No primeiro vídeo, a massa de ar do corpo do furacão apresenta comportamento estranho, como desrespeitar o sentido do vento;
- No segundo vídeo, um veículo com aparência disforme anda de lado;
- No terceiro vídeo, os veículos estão dando ré, mas o movimento da água indica que eles deveriam estar andando para frente;
- E casas e prédios que aparecem nas imagens são distorcidas e algumas das janelas se juntam.
O furacão Milton, no entanto, não é o maior fenômeno do tipo já registrado, como afirmam as peças de desinformação. Apesar de ter se iniciado como categoria 5 quando estava no Atlântico, ele já havia caído para a categoria 3 quando atingiu os Estados Unidos na noite de quarta (9). As autoridades relatam que o fenômeno matou ao menos quatro pessoas.
O mesmo vídeo circulou nas redes como se mostrasse o furacão Helene, que atingiu a mesma região no final de setembro e matou mais de 200 pessoas.
O caminho da apuração
Aos Fatos fez uma busca reversa de imagens e encontrou o mesmo vídeo em um perfil no TikTok no início do mês passado. A reportagem também analisou os frames do registro para encontrar distorções e inconsistências.
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