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| - Várias publicações disseminadas no Facebook dão conta do facto de a alta costura já ter entrado no negócio das máscaras. Mais concretamente, garantem que a prestigiada marca Louis Vuitton começoua a produzir máscaras de prevenção contra o novo coronavírus em que o seu monograma característico é bem vincado.
Os posts em causa chegam ao detalhe de estipularem o preço a que se pode adquirir um exemplar: 1680 euros.
Será assim?
A resposta é negativa. De facto, a Louis Vuitton decidiu produzir máscaras no sentido de dar um contributo na luta contra a Covid-19, mas fê-lo por pura solidariedade. As máscaras são totalmente brancas e não custam 1680 euros – são gratuitas, estando a ser distribuídas por profissionais de saúde.
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Num comunicado divulgado a 21 de março, a marca anunciou que, para ajudar no combate à pandemia em França, iria adquirir 10 milhões de máscaras, sete delas cirúrgicas, todas as semanas, durante um mês, à China. A primeira semana ficaria a seu cargo (num investimento de cerca de 5 milhões de euros); as restantes ficariam a cargo do Governo francês.
Poucos dias depois, novo anúncio: a própria Louis Vuitton, à imagem do que aconteceu com múltiplas empresas – até mesmo em Portugal – iria reorganizar os seus ateliers no sentido de produzir centenas de milhares de máscaras não cirúrgicas, feitas por artesãos voluntários.
Os esforços da marca para contribuir na luta contra a pandemia que já causou cerca de 300 mil mortos em todo o mundo não se esgotam na produção e distribuição de máscaras gratuitas: o grupo informou ainda que estaria a adaptar as suas fábricas para produzir quantidades “substanciais” de gel hidroalcoólico.
Concluindo, é verdade que a Louis Vuitton se encontra a produzir e a distribuir máscaras protectoras, mas nem têm o seu monograma nem estão à venda – são totalmente gratuitas.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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