schema:text
| - No passado dia 22 de setembro surgiu uma publicação viral de Facebook que visava Greta Thunberg. A ativista sueca é acusada de ter sugerido que “os chineses deixassem de comer com pauzinhos para salvar centenas de árvores”. Atingiu as 47,8 mil visualizações e as 1,6 mil partilhas. Além de ser uma publicação antiga, é completamente falsa.
Para começar, a publicação não cita notícias, não indica fontes nem a data em que a ativista sueca tenha proferido aquelas declarações. Depois, em maio deste ano, várias publicações semelhantes, em diferentes línguas, foram verificadas e desmentidas por orgãos de comunicação social como a agência Reuters. No post também é possível encontrar a suposta resposta chinesa: “Os chineses aconselharam Greta a voltar para a escola, onde poderá aprender que os pauzinhos são feitos de bambu, que é uma planta e não uma árvore.” A agência de notícias britânica não encontrou nenhuma evidência que sustentasse o conteúdo do post viral. A equipa de Thunberg confirmou à Reuters que a jovem sueca nunca fez aquelas declarações.
Na verdade, esta acusação falsa já tinha sido espalhada via Twitter a 14 de janeiro deste ano. O Faktish, outro site de factchecking, neste caso norueguês, descobriu que a alegação tinha sido publicada no Quora (fórum online), tendo sido depois republicada em russo noutros blogues. Na verdade, a origem destas falsas citações é chinesa, como confirmou o ThekDet, fact checker holandês, em abril deste ano, citado pela Reuters.
Também ainda este ano, Greta Thunberg demonstrou publicamente vontade de visitar países como a China ou Japão, não se referindo nunca aos utensílios de bambu usados na culinária asiática.
Conclusão
Não é verdade que a ativista sueca, Greta Thunberg, tenha sugerido que os chineses deixassem de usar os tradicionais pauzinhos chineses. A publicação viral já tinha sido desmentida este ano por diversos fact checkers internacionais. Já a equipa da ativista sueca desmentiu o conteúdo do post à Reuters.
Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é:
ERRADO
No sistema de classificação do Facebook este conteúdo é:
FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
Nota: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.
|