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| - Segundo a legenda associada ao vídeo, que se tornou viral nas últimas semanas, teria sido um verdadeiro “vexame”: o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, visivelmente embriagado, agarrou e beijou à força uma mulher no átrio de um hotel no Recife — e na presença da sua própria mulher, Rosângela “Janja” Lula da Silva, e da sua equipa de segurança.
Problema: percebe-se à primeira vista que há algo estranho com o vídeo e a forma como as pessoas nele se movimentam, não é necessário qualquer apoio técnico ou de software para perceber que a velocidade foi adulterada. Em câmara lenta, pode até parecer que o Presidente brasileiro beija a mulher na boca, enquanto ela o abraça, mas o vídeo original, que também foi partilhado nas redes sociais, mostra que aquilo que aconteceu foi bem diferente.
https://twitter.com/JPA_Almeida_/status/1666516993917198342
Foi a mulher que interpelou Lula, que até começou por lhe estender a mão, mas não recuou quando a apoiante avançou na sua direção para o abraçar. Um dos seguranças mostra intenção de interromper aquele contacto físico, ouve-se uma voz feminina a pedir calma, e o próprio Presidente do Brasil reforça o pedido, com gestos feitos atrás das costas da mulher. No total, a interação dura 13 segundos — e não envolve beijos na boca nem cenas de ciúmes.
“O Presidente Luiz Inácio Lula Silva não agarrou ninguém. O vídeo é claro e mostra nitidamente que a legenda é mentirosa. Uma apoiadora abraçou o Presidente, no hotel Atlante Plaza, em Recife, no dia 6 de junho, e como ela se estendeu no abraço, a segurança conversou com ela”, esclareceu ao Observador a SECOM, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência brasileira.
Conclusão
Não é verdade que o Presidente brasileiro, em estado de embriaguez, tenha beijado à força uma mulher, ainda para mais na presença de Janja da Silva. A velocidade do vídeo em que isso supostamente aconteceria, e que se tornou viral, foi reduzida. “O vídeo é claro e mostra nitidamente que a legenda é mentirosa”, garantiu.
Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é:
ERRADO
No sistema de classificação do Facebook este conteúdo é:
FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.
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