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| - “Mas pensem positivo. O importante é termos saúde. Já estamos habituados a que esta bandidagem faça o que quer e bem entender. Nós pagamos e continuamos a assobiar para o lado. São 450 mil euros, quase meio milhão de euros, que vão ser gastos em 15 dias num candidato que não vai ter mais do que 3% dos votos e já estou a ser amigo”, prossegue o autor do texto.
E conclui: “450 mil euros dos nossos bolsos. Portanto, a minha mensagem para o dia de hoje é apenas a seguinte: tenham um bom dia de trabalho amigos. Não se esqueçam, estamos a trabalhar para pagar estes valores exorbitantes a esta escumalha com tiques de vedetas e pseudo políticos da treta”.
Confirma-se que a campanha para as eleições presidenciais de João Ferreira, candidato apoiado pelo PCP, será paga com “dinheiro dos nossos impostos”?
Não é verdade. A campanha eleitoral de João Ferreira está orçamentada em 450 mil euros, de facto, mas para o candidato comunista vir a receber subvenção pública terá que alcançar uma votação igual ou superior a 5% dos votos registados e, mesmo assim, deverá ser um valor inferior a 450 mil euros.
As regras sobre o financiamento das campanhas eleitorais estão disponíveis na página da Comissão Nacional de Eleições (CNE), indicando um valor total de 3.510.480 euros em subvenção pública a distribuir entre os candidatos que obtenham pelo menos 5% dos votos.
Ora, o autor do texto prevê que João Ferreira “não vai ter mais do que 3% dos votos“, logo não teria direito sequer a subvenção pública. Ou seja, o texto apresenta uma alegação contraditória com a previsão relativamente à votação no candidato, talvez por se ignorar a legislação em vigor.
De qualquer modo, o facto é que, na generalidade das sondagens, João Ferreira não tem superado a fasquia de 5% das intenções de voto, pelo que a possibilidade de não aceder à subvenção pública não é remota.
Por outro lado, mesmo que venha a alcançar a fasquia de 5% dos votos, o valor a receber de subvenção pública deverá ser inferior a 450 mil euros. A título de exemplo, se o candidato comunista obtivesse 7,5% dos votos, receberia cerca de 350 mil euros. No caso de ficar com 5% dos votos, a subvenção pública seria de cerca de 280 mil euros.
A seguir ao candidato comunista, as campanhas mais caras são as de Marisa Matias (256.617 euros) e André Ventura (160.000 euros). Os candidatos que menos tencionam gastar são Vitorino Silva (16.000 euros), Marcelo Rebelo de Sousa (30.500 euros), Tiago Mayan Gonçalves (38.450 euros) e Ana Gomes (53.500 euros).
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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