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  • “Um povo ignorante é o instrumento cego da sua própria destruição”. A frase tem surgido no Facebook em formato de meme e geralmente associada a uma imagem de Simón Bolívar. O Polígrafo encontrou publicações que remontam a 2010. No entanto, como muitas vezes são partilhadas frases que se tornam virais e depois se verifica que foram mal atribuídas ou são apócrifas, resolvemos investigar. Será a citação autêntica? E o autor foi Simón Bolívar? Simón Bolívar foi um general e líder político venezuelano que ficou célebre por lutar pela independência das colónias espanholas na América do Sul. Nasceu em 1783, em Caracas, no seio de uma família rica e foi educado na Europa. Era a favor da abolição da escravatura e combateu o exército colonial espanhol, com o apoio do Reino Unido. Dessas rebeliões resultou a libertação da Venezuela, Colômbia, Equador, Panamá, Peru e da Bolívia. Ficaria conhecido pelo nome de “Bolívar, o Libertador”. No entanto, em 1826, Bolívar convoca o Congresso do Panamá, que tinha como objetivo promover a união política da América Latina. O encontro e o objetivo falharam, pois as ideias de Bolívar entraram em conflito com a vontade de autonomia das novas repúblicas. Nesse mesmo ano, na Venezuela, surgiu uma insurreição contra Santander, vice-presidente da “Grande Colômbia” (união da Venezuela, Colômbia e Equador). Em 1827, Bolívar foi obrigado a renunciar a presidência vitalícia do Peru e, em agosto de 1828, na tentativa de evitar a separação da “Grande Colômbia”, Bolívar proclama-se ditador. Ora, anos antes, em 1819, quando deu início à sua ambiciosa campanha militar, Simón Bolívar convocou um congresso em Angostura, na Patagónia argentina, para instalar um sistema político que o general acreditava que seria capaz de manter uma nova república. Nessa ocasião, Bolívar fez um longo discurso onde lançava as fundações para a “Grande Colômbia”, livre da escravatura, dos colonialistas espanhóis e da desigualdade racial. “Não somos europeus; não somos indígenas; somos uma mistura de aborígenes e espanhóis. Americanos de nascimento e europeus perante a lei, vemo-nos perante um duplo conflito: estamos a disputar com os nativos por títulos de propriedade, e ao mesmo tempo lutamos para nos mantermos no país que nos viu nascer contra a oposição dos invasores. Por tudo isto, a nossa posição é extraordinária e complicada. Mas há mais. Uma vez que o nosso papel tem sido desde sempre passivo e politicamente inexistente, considero que a nossa demanda pela liberdade é agora ainda mais difícil de alcançar; (…) Temos sido governados mais pelo engano do que pela força, e temos sido degradados mais pelo vício do que pela superstição. A escravatura é a filha das trevas: um povo ignorante é o instrumento cego da sua própria destruição. A ambição e a intriga abusam da credulidade e da experiência dos homens que não têm conhecimento político, económico e cívico (…)”, afirmou então Simón Bolívar. Concluindo, a frase é autêntica e foi mesmo proferida pelo general e líder político venezuelano a 15 de fevereiro de 1819, no auge da sua revolução contra exército colonial espanhol. ___________________________________ Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social. Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é: Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente Verdadeiro” nos sites de verificadores de factos. Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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